Representantes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da construtora licitada prestam esclarecimentos ao Ministério Público (MP) e Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (CEAL) nesta segunda-feira (22) sobre as rachaduras do viaduto da PR-445 com a avenida Dez de Dezembro, em Londrina.
A reunião acontece após a intervenção da Justiça no começo do mês, a qual determinou também que o Governo do Estado, juntamente com a empresa responsável pela obra, apresente um plano de monitoramento. As rachaduras no muro de contenção começaram a surgir ainda em 2014.
Em nota, o DER classifica o problema como "uma fatalidade rara". "O que aconteceu no viaduto foi uma fatalidade rara, que provocou um recalque diferencial (leve deslocamento). Tão logo foi detectado o problema, todas as medidas foram tomadas, dando segurança a obra. Além do reforço na estrutura, o DER também vem fazendo – e continuará a fazer – o monitoramento do viaduto", escreve o diretor técnico do órgão, Amauri Medeiros Cavalcanti. O profissional ainda aponta as chuvas fortes e a qualidade do solo como causadoras das rachaduras.
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O DER volta a afirmar que o viaduto é seguro e, por isso, pede ao MP que as obras sejam retomadas. Todas as medidas de segurança, conforme ele, foram tomadas. "Um equipamento, conhecido como estação total, vem fazendo a medição diária do nível do viaduto e do tamanho das fissuras no muro de contenção. Há cinco meses não há registro de alteração no muro de contenção. Para conter o deslocamento, foram colocadas 66 estacas, com mais de 20 metros de altura, tanto na parede do viaduto como no muro de contenção. Foi feito um reforço nos pilares de sustentação do viaduto. Todo o custo de correção da obra foi arcado pela construtora Sanches Tripoloni , sem ônus ao Estado", finaliza a nota.
Decisão da Justiça
A Justiça paralisou as obras atendendo à solicitação da Promotoria de Direitos Constitucionais, Saúde Pública e Saúde do Trabalhador. O pedido de providências foi baseado, principalmente, no parecer técnico do CEAL, cujo laudo apontou a instabilidade da edificação, concluindo que havia necessidade imediata de suspensão dos trabalhos.