A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi condenada pela Justiça a indenizar a londrinense Érika Pedrão Brito, de 35 anos, apedrejada por índios em fevereiro do ano passado. Ela foi agredida quando passava com o marido, em um carro, pela frente da sede do órgão de Londrina.
Na época, os índios alegaram que apedrejaram o veículos depois que o motorista tentou romper a barreira feita por eles durante manifestação. O casal negou a versão dos indígenas.
Érika foi apedrejada na cabeça. Ela sofreu grave traumatismo craniano e chegou a ficar em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico. Após ser submetida a duas cirurgias, a mulher começou a se recuperar.
Leia mais:
Projeto ''Sextou na Concha Acústica'' abre inscrições para seleção de bandas em Londrina
Interligações em redes podem afetar abastecimento de água em bairros de Londrina
Prefeitura de Londrina aumenta prazo de obra e duplicação da Octávio Genta fica para 2025
Fórum Desenvolve Londrina apresenta indicadores e pesquisa de percepção
Ela deixou o hospital meses após o acidente, mas com graves sequelas. Até hoje, Érika, que precisou abandonar o curso de Administração, tem dificuldades de locomoção. Ela só voltou a andar em julho deste ano, após intenso trabalho de fisioterapia.
Procurada pelo Bonde nesta sexta-feira (9), a mulher ficou surpresa com a notícia da indenização. "Eu não estou sabendo disso. Preciso falar com o meu advogado para poder ter a confirmação", disse.
Érika afirmou que não pode falar sobre algo que ainda não tem conhecimento, mas destacou que o valor obtido com a indenização será utilizado no custeio do tratamento médico. "Com certeza o dinheiro vai ajudar muito."
A Funai terá que ressarcir as despesas médicas já pagas por Érika, no valor de R$ 1.305,15. Além disso, o órgão foi condenado ao pagamento de pensão vitalícia mensal, no valor de três salários mínimos, além de indenizações por danos morais de R$ 350 mil e por danos estéticos, de R$ 100 mil.