Trabalhadores da Companhia Paranaense de Energia (Copel) estão reunidos em frente à sede da empresa na rua Chile, na Vila Brasil, região central de Londrina. Eles reivindicam aumento de 8,5% nos salários.
De acordo com o advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Concessionárias de Energia Elétrica de Londrina e Região (Sindel), Wilson Leite, o índice corresponde à correção da inflação e ao aumento real. No entanto, segundo ele, a empresa oferece somente o reajuste para a correção da inflação de 5,5%.
Várias categorias como eletricistas, leituristas, engenheiros e técnicos estão envolvidos na paralisação que vai durar 24 horas em todo o Paraná. A empresa possui mais de 9 mil funcionários no Estado. A intenção é retomar as negociações com a Copel. Caso isso não seja possível, novas paralisações vão ser realizadas nos dias 29 e 30 de novembro.
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Além de não atender a reivindicação, Leite declarou que os representantes da empresa querem estabelecer uma compensação de hora para a escala de sobreaviso, quando o funcionário fica à disposição da Copel. O advogado afirmou que a empresa teria que pagar os valores que correspondem a esse período. A greve geral não está descartada.
Em nota, a Copel informou que "esta é a melhor proposta possível diante do novo cenário econômico e do setor elétrico no País." A empresa alegou que a nova Medida Provisória 579 vai reduzir a receita das concessionárias de energia elétrica. A Copel negou que apenas os diretores tiveram reajuste salarial de 42% nos últimos dois anos. "Em setembro de 2011, o reajuste para os diretores foi de 7,3%, igual ao reajuste de todos os empregados. Em 2012, o reajuste foi de 2,78%, aplicado em fevereiro. Os diretores só terão novo reajuste em abril de 2013", esclarece a nota oficial.
Além do reajuste de 5,5% que equivale ao INPC acumulado entre 1º de outubro de 2011 e 30 de setembro de 2012, a empresa também oferece o pagamento de um abono no mês do acordo coletivo e reajustes de 8% no auxílio-creche, de 9% no auxílio-alimentação, de 5% no auxílio à pessoa com deficiência dependente do empregado e de 7% no teto do valor do auxílio educação.
De acordo com a assessoria de imprensa da Copel em Londrina, as atividades não foram comprometidas com a paralisação dos funcionários.
(Atualizado às 9h30)