A GM (Guarda Municipal) de Londrina recebeu nesta quarta-feira (25) mais 64 denúncias de estabelecimentos comerciais desrespeitando o decreto da quarentena, totalizando, desde o início da semana, 369 registros.
Como noticiado pelo Bonde, até a terça-feira (24), havia 305 denúncias.
As denúncias recebidas são a respeito de diversos segmentos comerciais: indústrias, fábricas, hotéis, entre outros estabelecimentos teriam restringido o acesso do público externo, porém, no interior, mantinham funcionários trabalhando normalmente, e inclusive sem adotar as medidas de profilaxia orientadas pelo município.
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Várias denúncias apontaram que alguns serviços essenciais como bancos, ponto de revenda de gás e supermercados não respeitaram as recomendações de distanciamento entre as pessoas, nem as medidas de profilaxia, como uso do álcool gel para funcionários e clientes. A inspetoria da GM informou que a falta de orientação por parte de proprietários e empregados dificulta o trabalho da fiscalização e recomenda também que seja feita verificação dos decretos municipais 346, 361 e 365/2020, que trazem estabelecem gerais.
Na noite de terça-feira (24) foi publicado o decreto 361/2020 que reitera a situação de emergência de saúde pública decretada no município. O documento amplia a quarentena municipal e restringe atividades industriais de distribuição e comercialização de produtos.
Abusos nos preços
Além de fiscalizar os estabelecimentos que estão funcionando de forma irregular, o Proncon-LD (Núcleo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Londrina) também continua recebendo denúncias de preços abusivos durante a quarentena.
Segundo o coordenador do órgão, Gustavo Richa, são recebidas cerca de 200 denúncias por dia. As principais reclamações são relacionadas ao aumento sobre produtos básicos essenciais de alimentação, como leite, feijão, arroz, macarrão, ovo e óleo. Também há muitas denúncias sobre os preços de álcool em gel, máscaras, luvas e toucas de proteção, itens muito procurados nas duas últimas semanas e que estão em falta em muitos locais.
Na terça-feira (24), foram notificadas 14 redes de mercados, que terão 48 horas para apresentar justificativas. Outras 17 notificações foram registradas junto a casas médicas e hospitalares, e também empresas ligadas a este segmento.