A operadora de caixa Ana Paula Silva Trindade, 37 anos, confessa que foi pega de surpresa pela falta dos ônibus neste sábado (23). Moradora do Distrito do Espírito Santo, ela conta que chegou a ligar para saber das novidades. "Mas só liguei na LondriSul", arrepende-se.
De pé desde às 6h, ela explica que trabalha em um supermercado e que ontem a empresa deu folga a ela. "Hoje meu marido me levou até o ponto do Catuaí Shopping. Lá eu consegui um ônibus para vir até o Terminal Central, pois tinha praticamente certeza que teria o transporte", diz desolada. Seu destino é bairro Parigot de Souza, na região norte da cidade.
Informada por um fiscal sobre a manutenção da greve, a operadora de caixa ficou sem ação. "Eu vou ligar para empresa, ver se eles pagam um carro para me levar porque não tenho condições de pagar."
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Devido a paralisação dos funcionários das empresas de transporte coletivo de Londrina, muitos trabalhadores tiveram que desembolsar valores muito acima do normal para conseguir chegar aos seus locais de trabalho nesta sexta-feira (22). Viagens que custavam entre 10 e 12 reais chegaram a R$60 e os usuários de aplicativos encontraram outras alternativas como carona de colegas e vizinhos, mas ainda assim relatam que chegaram com atraso ao trabalho.
Os trabalhadores do transporte coletivo municipal e metropolitano de Londrina cruzaram os braços na sexta-feira (22). A categoria reivindica o pagamento do adiantamento, conhecido como "vale”, que deveria ter sido acertado nesta semana. O benefício é depositado na conta dos funcionários no 15° dia após o salário.
A TCGL é responsável por 65% do serviço público de transporte urbano londrinense e a Londrisul, 35%. A estimativa da entidade é de que até 1.200 funcionários estejam parados. "A conta do meu cartão de crédito vence dia 25. Se não pagarem, não sei o que fazer", preocupou-se outro trabalhador.
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