Em ofício enviado às três esferas de governo, o Consemma (Conselho Municipal do Meio Ambiente) manifestou “preocupações a respeito dos impactos socioambientais” envolvendo o Contorno Leste. O projeto cria uma conexão entre a PR-445 e a BR-369.
Lideranças de Londrina asseguram ao menos desde agosto que já têm garantia do governo Lula (PT) para que a obra seja executada por meio do futuro contrato de pedágio a abranger a região.
São cinco queixas no documento de três páginas entregue na última terça-feira (7) à Prefeitura de Londrina, à Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seil) e ao Ministério dos Transportes. Há questionamentos sobre possíveis efeitos negativos da via de quatro pistas à circulação da fauna silvestre.
Leia mais:
'Tenham orgulho da sua cidade', afirma Tiago Amaral, prefeito eleito de Londrina
Aniversário de Londrina terá atrações culturais; confira a programação
Da tradição do café ao cinema: os ciclos da economia de Londrina
Representantes do poder público e sociedade civil projetam futuro de Londrina
Também é indagada a proximidade da rodovia com o Parque Ecológico Dr. Daisaku Ikeda, além do fato de a intervenção, segundo o colegiado, cruzar 10 cursos d’água e uma região classificada pelo próprio governo do Paraná como estratégica para conservação da biodiversidade.
O conselho afirma que a “complexidade ambiental” envolvendo a abertura da nova estrada não tem sido “devidamente considerada”, gerando dúvidas quanto a “inclusão de medidas mitigatórias e compensatórias no orçamento”.
Se esse fator não for levado em conta, conforme o colegiado, o custo da iniciativa pode subir e “prejudicar o processo de concessão, ou mesmo resultar em taxas de pedágio mais onerosas para a população”.
Vale lembrar que, com base em uma estimativa repassada ainda em agosto por membros do governo federal ao prefeito Marcelo Belinati (PP), a tarifa de pedágio relativa ao lote do Contorno Leste ficaria R$ 0,20 mais cara, de acordo com declaração à época do chefe do Executivo.
CLAREZA
“Os documentos aos quais tivemos acesso não fundamentam a necessidade do empreendimento, tampouco foram apresentados os possíveis benefícios em relação ao custo financeiro e aos impactos socioambientais esperados”, acrescenta o Consemma no ofício assinado por seu presidente, Jonas Pugina.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: