Lançado em 2006 por um decreto estadual, o Jardim Botânico, na zona sul de Londrina, foi inaugurado em 2008, inaugurado novamente em 2010, abriu oficialmente as portas aos visitantes em dezembro de 2013, mas até hoje não está concluído. O local é limpo e agradável, com lago, pista de caminhada e trilhas na mata, no entanto, há mais de dois anos foi anunciado que as obras da segunda fase estariam finalizadas até o final de 2014. A segunda fase contemplaria, entre outros espaços, um anfiteatro coberto, salas de aula para educação ambiental, lanchonetes, cafés e restaurantes. Nada disso foi feito.
O casal de representantes comerciais Antônia e Osvaldo Manoel de Jesus costuma visitar o parque aos domingos, com a filha Mariana. A família mudou-se há pouco tempo para Londrina e, na primeira vez que visitou o local, passou aperto. "Viemos achando que teria uma lanchonete", disse Antônia. "Precisava ter porque às vezes a pessoa vem despreparada." Ela também gostaria que a estrutura dos banheiros fosse melhorada.
No Jardim Botânico há apenas dois banheiros, um masculino e um feminino, com capacidade para três pessoas cada um. Há água e papel higiênico disponíveis, mas a estrutura está longe de ser ideal. Iluminação, só a natural. As lâmpadas foram retiradas. Ao lado, um banheiro químico serve como reforço.
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A professora aposentada Izabel Lopes Colonhezi vai "quase sempre" ao Jardim Botânico acompanhada do marido, Genésio, com quem faz caminhadas. Apesar de considerar "ótima" a estrutura do parque, dona Izabel afirma que o banheiro poderia ser melhorado, lanchonetes e restaurantes seriam bem-vindos e o centro de visitantes deveria funcionar. "O banheiro está meio acabadinho, mas é o pessoal mesmo que destrói. O escritório de atendimento ao visitante ficava aberto antes, mas deixou de funcionar faz tempo. A lanchonete e o restaurante foram prometidos, mas não foram feitos e também não deram continuidade à estufa."
A estufa é um caso à parte dentro do Jardim Botânico. Imponente, a enorme estrutura de ferro e vidro consumiu R$ 7 milhões dos mais de R$ 24,4 milhões investidos no projeto até agora, mas ferro e vidro é tudo o que há no local. Dentro da estufa, só terra e mato. Antes mesmo de a obra começar a cumprir a sua função, os sinais de deterioração são bem visíveis. Há vidros quebrados e o ferro vem sendo corroído pela ferrugem. Ao visitante fica a dúvida: ainda é construção ou já é ruína?