A Justiça determinou a paralisação das obras no viaduto da PR-445 com a avenida Dez de Dezembro, em Londrina. A decisão atende o pedido de providências da Promotoria de Defesa de Saúde Pública, do Trabalhador e da Habitação e Urbanismo, assinada pelo promotor Paulo Tavares na última semana.
Na justificativa, o juiz Oswaldo Taque enfatiza que há dúvidas quanto à segurança e solidez da estrutura, "não havendo certeza de sua estabilidade, configurando potencial risco aos cidadãos" que utilizam a via. Há grandes rachaduras no muro de contenção, problema que vem sendo investigado também pela Promotoria de Proteção do Patrimônio Público desde setembro do ano passado. As primeiras fissuras, no entanto, foram descobertas ainda em 2014.
Desde então, o MP solicitou que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) tomasse as medidas administrativas cabíveis em relação às falhas na obra. Reuniões entre o Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (CEAL), o órgão estadual e vereadores do município também foram feitas para discutir a situação do viaduto.
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Na semana passada, o CEAL apresentou laudo no qual aponta a instabilidade da edificação, concluindo que há necessidade imediata de paralisação dos trabalhos. "Conforme constatado em inspeção visual em 4 de fevereiro, entendo ser necessária a paralisação imediata da obra, evitando-se o agravamento dos problemas e a ocultação dos vícios de construção constatados", informa o documento assinado pelo presidente da entidade, José Fernando Garla.
Com base nesses argumentos, o magistrado determinou que seja feita uma nova reunião entre os órgãos até o dia 22 deste mês. Além disso, estabeleceu que o DER, juntamente com a construtora responsável, apresente um plano de monitoramento das rachaduras existentes até amanhã.
Em nota, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) volta a afirmar que "não há risco na execução da construção do viaduto da Avenida Dez de Dezembro" e, mesmo assim, "suspendeu as obras, acatando um pedido do MP". "O DER pretende prestar todos os esclarecimentos e sanar todas as dúvidas do Ministério Público, em reunião já agendada, para depois retomar as obras do viaduto", finaliza. (Colaborou Rafael Machado, do Portal Bonde).