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Preso em motel

Justiça nega habeas corpus a auditor suspeito de aliciar meninas em Londrina

Guilherme Batista - Redação Bonde
26 jan 2015 às 16:42

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O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negou na última semana habeas corpus a Luiz Antônio de Souza, preso no último dia 13 suspeito de aliciar menores de idade em Londrina. "Vamos esperar, agora, pelo julgamento do colegiado", declarou o advogado do acusado, Omar Baddauy, em entrevista ao Bonde nesta segunda-feira (26).

Souza, que é auditor da Receita Estadual, foi detido em um motel na companhia de uma adolescente de 15 anos e de R$ 22 mil em espécie. Parte do dinheiro (R$ 2,5 mil) iria ser pago para a menina após o programa. A irmã da menor, Carla de Jesus, de 19 anos, também foi detida na ocasião acusada de intermediar o encontro entre auditor e adolescente.

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O advogado de Souza lembrou que o seu cliente não chegou a manter relações sexuais com a menina. Ele também criticou o fato de o auditor estar preso de forma preventiva na unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2). "Não cabe prisão preventiva simplesmente pela gravidade da suposta infração. O Luiz tem emprego e residência fixos em Londrina e não possui antecedentes criminais. O meu cliente não tem a intenção de fugir e muito menos atrapalhar as investigações. Não precisaria estar preso", argumentou.

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Baddauy também comentou o conteúdo das mensagens de celular trocadas pelo auditor fiscal e a irmã da adolescente aliciada. Na conversa, segundo as investigações, Souza teria combinado o programa com Carla e exigido que a irmã dela fosse virgem. "Ninguém pratica ato libidinoso pelo celular. Ele pode ter revelado alguma intenção, mas não mais do que isso", observou o advogado. Na avaliação do defensor, a suposta intenção de seu cliente não é passível de punição.

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O primeiro caso envolvendo o nome de Luiz Antônio de Souza já teve inquérito concluído pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O processo foi enviado para a promotora Suzana de Lacerda, da Vara da Infância e Juventude de Londrina, que deve apresentar denúncia contra o auditor ainda nesta semana.


Segundo caso

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O Gaeco também já coletou o depoimento de uma adolescente de 14 anos, que teria se relacionado com o auditor há cerca de dois anos, entre agosto e setembro de 2013. De acordo com as investigações, Souza pagou de R$ 1,5 mil para a garota pelo programa. A menor tinha 13 anos na época do aliciamento.


Conforme as investigações, Carla, menor de idade em 2013, também teria "arranjado" a segunda adolescente ao auditor fiscal. Nesse caso, o auditor é investigado por estupro de vulnerável. "Soube desse caso na última semana e ainda estou analisando as informações", disse o advogado do auditor.

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Enriquecimento ilícito


O auditor fiscal também é investigado pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Londrina. No último dia 15, policiais do Gaeco apreenderam carros e objetos de luxo na casa do acusado.

O MP vai investigar se o suspeito usou a função que ocupava na Receita Estadual, onde ganhava cerca de R$ 25 mil mensais, para fazer algum tipo de desvio de dinheiro público. Os promotores que cuidam desse caso estão de férias.


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