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Em Londrina

Justiça suspende leilão do Hospital Evangélico

Redação - Folha de Londrina
18 jun 2003 às 20:10

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O juiz da 8ª Vara Cível de Londrina, Rodrigo Afonso Bressan, determinou a suspensão do leilão do prédio do Hospital Evangélico (HE), localizado na Avenida Bandeirantes (área central), marcado para esta quarta-feira à tarde.

No despacho, o juiz considerou que, a princípio, a Caixa Econômica Federal (CEF), credora hipotecária do HE, não foi intimada sobre o leilão num prazo igual ou superior a 10 dias. Outra irregularidade apontada pelo juiz foi de que apenas um, dos três terrenos sobre o qual o hospital está construído foi, penhorado. Essa é a terceira vez que o leilão do hospital é suspenso.

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Em seu despacho, o juiz afirmou que ''o credor hipotecário não foi intimado com a antecedência prevista no artigo 698 do Código de Processo Civil, e dos três lotes que integram o imóvel onde está edificado o hospital mantido pela executada, apenas um foi objeto de penhora e avaliação''.

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No documento anexado ao processo, a Caixa informa que foi intimada apenas no dia 9 de junhos sobre o leilão agendado para hoje, o que daria apenas nove dias.

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Em todas as ações pedindo o leilão do hospital o executador foi a empresa de eletroeletrônicos alemã Siemens. O HE possui um débito de R$ 4.684.566,20, referente ao saldo final da compra de um equipamento de hemodinâmica há 11 anos. De acordo com o advogado do hospital, Ronaldo Neves, a dívida inexiste, pois os equipamentos já foram colocados à disposição da empresa.


Ele argumentou que, há cinco anos, o hospital e a empresa firmaram acordo verbal, no qual o HE negociou com a Siemens a troca do equipamento - que estava obsoleto para as necessidades do hospital - pelo saldo final do débito.


O imóvel foi avaliado em R$ 12.212.701,70 (terreno mais prédio). O valor, segundo Neves, seria inferior ao cotado pelo mercado civil, que seria de R$ 35 milhões.

A CEF e a Siemens serão intimadas num prazo de cinco dias para se pronunciar sobre o leilão. O superintendente de negócios da CEF, Mounir Chaowiche, e a direção da Siemens, através de sua assessoria de imprensa, informaram que vão aguardar o prazo legal. O advogado do HE adiantou que uma reunião foi marcada com a direção da Siemens no dia 25, em São Paulo.


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