A limpeza dos lagos Igapós não está sendo realizada nos finais de semana, contrariando o acordo vigente entre Município e Visatec. A terceirizada recebe R$ 140 mil por mês para realizar o serviço 'quando houver necessidade'. O alerta foi feito pelo ambientalista João Batista Moreira, também conhecido por João das Águas.
No último sábado (26), a sujeira era tanta que chamou até atenção de turistas que passeavam pelo local. "Tinham argentinos observando a sujeira e criticando a conservação", disse. Havia de tudo na água: coco, plásticos, galhos, latas, almofadas e até ratos mortos. Tudo concentrado na margem, ao lado da pista de caminhada do Lago I. Na sexta-feira já começa o acúmulo do lixo, retirado apenas na segunda pelos operários. "Limpeza é totalmente falha. Só um barco para limpar os Lagos I e II", criticou.
A maior parte do material chega por meio da poluição difusa - sujeira que desce ao fundo de vale e córregos por meio das chuvas. "Quanto mais forte a chuva, mais lixo para o ribeirão", alertou.
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Além da limpeza, João das Águas também defende um programa ecológico para os Lagos. "Um projeto de conscientização com uso frequente dos lagos, seja com pedalinho ou caiaque, chegando aos cuidados ambientais de conscientização das pessoas e instalação de lixeiras. Algumas redes também devem ser instaladas para contenção desse material, que chega pelas galerias pluviais", avaliou.
"Se há uma parte de Londrina com grande aceitação popular, por conviver e cuidar, são os lagos Igapós, formados na bacia do ribeirão Cambé. Se a gente não consegue um programa ambiental para esta bacia, a gente não consegue em nenhuma outra de Londrina", alertou.
A CMTU, responsável por fiscalizar o serviço de limpeza, defende que os serviços são realizados também nos finais de semana. "O pessoal trabalha, inclusive, aos sábados à tarde", disse o diretor de Operações, Agnaldo Rosa.
O contrato entre as partes integra limpeza dos lagos Igapós, Cabinha, centros administrativos. "Eles (Visatec) têm cumprido o contrato. O problema é que chove muito", defendeu.
Ninguém da Visatec foi encontrado para falar sobre o assunto.