A polêmica sobre o fechamento de bares e simlares após as 23 horas para combater a violência volta a ser discutida em audiência pública nesta quarta-feira (14), às 19 horas, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil - Rua Minas Gerais, 297, 1º andar).
Este assunto, bem como a poluição sonora, serão discutidos com os vereadores Gláudio Renato de Lima e Luiz Carlos Tamarozzi, autores do projeto de lei, representantes da Polícia Militar, Ministério Público e Associação de Moradores.
Uma tentativa de limitar a venda de bebidas alcóolicas no período noturno, além de minimizar a poluição sonora, foi realizada em Londrina com um acordo entre a Promotoria do Meio Ambiente e donos de postos. No acordo proibia-se a venda de bebida acóolica após a meia-noite durante a semana e depois da uma aos sábados e domingos. Porém, dois meses depois, muitos bares já estão desrespeitando a medida.
Leia mais:
Confira o funcionamento do comércio de rua e shoppings durante o aniversário de Londrina
Ministério Público recomenda à prefeitura de Londrina alterações no Parcelamento do Solo
Aeroporto de Londrina terá voos diretos para Maceió e Porto Seguro na alta temporada
Agência do Trabalhador do Paraná começa a semana com 21,1 mil vagas de emprego
O prefeito Nedson Micheleti posicionou-se contrário à medida. Em entrevista a Rádio Paiquerê AM, ele disse que a realidade de Londrina é diferente das demais onde foi implantada a Lei Seca. "Diadema é uma cidade dormitório e as pessoas vão se divertir em cidades vizinhas. Londrina tem uma vida noturna agitada e esta medida traria problemas para os empresários do setor, além de desempregar muitas pessoas", concluiu.
Diadema e Apucarana
O projeto dos vereadores foi inspirado nos exemplos de cidades como Diadema (SP) e Apucarana, que já obrigam esses estabelecimentos a fechar mais cedo como forma de combater a violência.
A "Lei Seca" ou "Lei das 23 horas" determina que os estabelecimentos comerciais classificados pela norma só podem atender aos clientes das 6 horas da manhã até, no máximo, 23 horas, sob risco de penalização e cassação do alvará de funcionamento.
Em ambas as cidades os resultados foram rápidos e positivos. Houve redução no número de homicídios, casos de embriaguez ao volante e agressão familiar.
No Paraná, além de Apucarana, Umuarama e Cascavel implantaram a Lei Seca.