Os advogados do guarda municipal Ricardo Leandro Felipe, que matou três pessoas e atirou contra outras duas no início deste mês em Londrina, convocaram uma coletiva durante a manhã desta terça-feira (18) e questionaram a distribuição dos três inquéritos elaborados pelas Delegacias de Homicídios e da Mulher para a juíza da 6ª Vara Criminal (Maria da Penha), Zilda Romero. Na visão da defesa, a 1ª Vara Criminal, que julga crimes contra a vida, deveria ter recebido a investigação que apurou os três homicídios cometidos pelo agente.
Em entrevista à Rádio CBN Londrina, o advogado Lucas Punder informou que os inquéritos da Delegacia da Mulher resultaram na autuação de Ricardo por agressão e perseguição às ex-companheiras. Punder acredita que os crimes não teriam sido premeditados. "Se isso acontecesse, ele não atiraria contra a primeira vítima na frente de câmeras", disse. As imagens do circuito interno de segurança flagraram o assassinato de Ana Regina do Nascimento Ferreira, de 34 anos.
"Em relação à autoria, não há dúvidas de que ele realmente é o responsável. No entanto, vamos levar para a apreciação da Justiça os motivos que levaram o Ricardo a cometer esses crimes", disse o advogado. Logo depois de ter sido apresentado na 10ª Subdivisão Policial, o guarda municipal alegou que sofria de transtornos psicológicos. Ele permanece detido em uma cela especial na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 1), no conjunto Cafezal, zona sul da cidade.
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Ricardo Leandro Felipe foi preso no dia 4 de abril em Maracaí (SP) após um trabalho conjunto entre policiais militares e civis do Paraná e São Paulo. Além de Ana Regina do Nascimento Ferreira, que era sócia de uma de sua ex-esposa, o agente matou um adolescente de 16 anos e Valdir Siena, 58 anos, respectivamente filho e pai de outra ex-namorada de Felipe. O último falaeceu no Hospital Evangélico após ter sido baleado na própria casa, na rua Figueira, jardim Leonor, região oeste.
(com informações da CBN Londrina e do repórter Celso Felizardo, da Folha de Londrina)