Uma comissão foi formada na manhã desta quinta-feira (15) para analisar a razão da existência de uma dívida de R$ 13 milhões, dinheiro que a prefeitura de Londrina deixou de pagar desde 2001 por procedimentos realizados pelo Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina.
O Ministério da Saúde, por meio do SUS, repassou esse valor à prefeitura, que é responsável por pagar o HU, o que não acontece com regularidade, segundo afirmou ao Bonde o reitor Wilmar Marçal. "Sempre que procuramos a prefeitura para tratar desse problema, eles nos dizem que estão analisandos os débitos. Já procuramos o promotor Paulo Tavares para tentar resolver o problema", disse Marçal, referindo-se ao promotor de Defesa da Saúde Pública.
O reitor afirmou ainda que em conversa com todos os então nove candidatos à prefeitura de Londrina em agosto passado, havia cobrado uma tentiva de solução do impasse. "Conversei com todos e com o Barbosa havia se comprometido, viemos buscar o entendimento".
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A comissão definida pelo reitor e pelo prefeito terá membros das secretarias e dos conselhos municipal e estadual de Saúde, do Ministério Público, da Controladoria do Município e da UEL. "Se o HU continuar trabalhando sem receber, irá se empobrecer ainda mais", declarou Wilmar Marçal.
Apuração
A comissão fará uma auditoria na dívida para buscar saber exatamente de quais procedimentos provem e onde estão os recursos que a prefeitura deixou de repassar ao hospital. "Não estamos acusando ninguém de nada, mas precisamos receber pelo serviço que foi prestado aos pacientes", comentou o reitor. "Esperamos resultados preliminares em 15 dias e um relatório final para 90 dias".
Números
Segundo a assessoria de comunicação da UEL, o HU faz em média, por mês, 900 internações, 12 mil consultas ambulatoriais, 5 mil consultas de referência (que são agendadas ou enviadas por outros serviços como o SAMU). Ainda por mês são feitas 500 cirurgias.
A maior parte dos procedimentos é de alta complexidade, ou seja, procedimentos de áreas específicas realizados por especialistas, professores do curso de medicina. Por causa dessa característica, o HU acaba recebendo pacientes de todo o Paraná, expandindo sua área de atuação que abrangeria cerca de 70 municípios da região.