Local que concentra um grande número de crianças e adolescentes, a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina tem sido o principal alvo de fiscalização da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e visitas de comissários do Juizado de Menores nos últimos dias. A mobilização, que já é costumeira para evitar situações envolvendo menores, foi intensificada após o uso e venda das 'pulseiras do sexo' terem sido proibidos pela Justiça de Londrina na semana passada.
Segundo o escrivão e coordenador dos comissários do Juizado de Menores, Luis Fernando Donadio, uma equipe de dez pessoas está no parque diariamente. ''Todos os anos averiguamos questões como consumo de bebidas alcóolicas, bem como menores desacompanhados ou perdidos. Este ano, incluímos a verificação das pulseiras'', disse. Ele explica que, caso algum menor de idade esteja usando o acessório, os comissários deverão pedir para que o adolescente retire a pulseira. ''Se os pais estiverem juntos, num primeiro momento, também serão orientados a seguir a determinação judicial'', completa.
O comissário Carlito Marques dos Santos, que está atuando na Expo, comentou que desde a publicação da portaria mais de mil pulseiras foram retiradas de adolescentes. ''Muitas foram retiradas somente no show de ontem (domingo), que reuniu muitos menores. Alguns entregaram tranquilamente, já outros arrebentavam e jogaram no chão em forma de protesto. Até mesmo por isso, aproveitamos para conversar com eles e com os pais, explicando dos perigos e da proibição.''
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O presidente da CMTU, Nelson Brandão, disse que a fiscalização aos estabelecimentos que vendem as pulseiras começou no dia seguinte à publicação da portaria do juiz da Vara da Infância e Juventude. ''Na última quinta-feira, as vistorias foram intensificadas no comércio central e nos terminais urbano e rodoviário. Já no feriado e fim de semana, a fiscalização ficou mais voltada aos comerciantes da Exposição.''
Como a proibição da venda se restringe a menores de idade, Brandão comenta que os estabelecimentos também estão sendo orientados sobre a determinação judicial. ''Ao mesmo tempo, estamos cadastrando os locais que vendem os acessórios para podermos fiscalizar com mais precisão'', acrescenta. Até o momento, segundo o presidente, há 300 pontos de vendas cadastrados: 35 deles no Parque Governador Ney Braga.