O IIVP (Índice de Infestação Vetorial Predial) foi de 3%, o que coloca o município em situação de alerta, conforme classificação do Ministério da Saúde.
O índice de 3% demonstra que a cada 100 imóveis inspecionados três estavam com focos positivos do mosquito da dengue, o Aedes aegypti.
Em comparação com o último levantamento, realizado em julho deste ano, o índice subiu, visto que o terceiro LIRAa estava em 1,4% de infestação.
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A quarta edição do levantamento foi realizada de 17 a 21 de outubro, em 9.940 imóveis residenciais e comerciais, além de construções e terrenos baldios, de 260 localidades da zona urbana.
O documento também apontou que 89% dos criadouros, com larvas e pupas de Aedes aegypti, foram encontrados em objetos em desuso jogados nos quintais, nos vasos de plantas e em água de chuva armazenada.
Os outros 11% foram encontrados em objetos dentro das residências. O número de depósitos com focos do vetor do Aedes dentro das casas foi superior ao levantamento superior.
O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, disse que o crescimento do LIRAa era esperado pela equipe técnica devido ao atual período climático (chuva intercalada com tempo quente), o que propicia o aumento de larvas e do mosquito da dengue.
“Ainda estamos dentro de um cenário de alerta, mas é importante destacarmos a nossa preocupação, em especial, no aumento no número de larvas e criadouros dentro dos domicílios. Isso é inédito em todos os LIRAas e nos mostra a necessidade urgente na conscientização de todo o cidadão londrinense, para que não haja risco de uma nova epidemia na cidade”, enfatizou.
Entre todas as regiões da cidade, a leste foi a que apresentou maior concentração de focos positivos, chegando a 3,61% dos imóveis com larvas do mosquito.
Em seguida, está a região sul de Londrina, que apontou um LIRAa de 3,18%. Em terceiro lugar, ficou a zona norte, com 3,05% de infestação. Em quarto lugar está a região central, com 2,82% e, por último, ficou a zona oeste com 2,67% de infestação.
O levantamento também apontou os dez bairros londrinenses que mais preocupam a Secretaria de Saúde devido aos altos índices de Aedes aegypti. São eles:
- Parque Maria Estela, na zona norte (23,08%);
- Rui Barbosa, na região leste (21,05%);
- Jardim Maringá, na zona sul (16,67%);
- Jardim Palmares, no centro (16,22%);
- Jardim Universitário, na zona oeste (16,13%);
- Parque Universitário (15%);
- Jardim Montecatini, na região leste (14,71%);
- Jardim Santos Dumont, no centro (14,29%);
- Interlagos, na zona leste (13,64%).
CASOS DE DENGUE EM LONDRINA
Com relação aos números de casos da doença, a SMS informou que em 2022 foram notificados 12.666 casos suspeitos de dengue, dos quais 3.101 foram confirmados, 8.832 descartados, 733 estão em análise e dois infelizmente resultaram em óbitos.
A região oeste foi aquela com maior índice de casos notificados, tendo 25,8% no período de 1º a 22 de outubro. Em seguida está a região norte, com 24,6% dos casos confirmados, a zona sul com 18,4%, a região leste com 13,6%, o centro com 13,2% e a zona rural com 4,4%.
“Os índices de todas as regiões estão muito próximos e o que nos chama a atenção – e é importante não usarmos apenas o LIRAa como instrumento de planejamento das ações – é que a região leste, embora seja a que tem maior índice de focos do mosquito, não é a região com maior número de casos notificados de pessoas com dengue, e sim a região oeste. Por isso, o trabalho dos agentes de Endemias, no sentido de evitar uma epidemia de dengue, é a intensificação das ações na região oeste, a fim de diminuir a circulação do mosquito, e trabalharmos com ovitrampas (armadilhas), na região oeste, para diminuirmos o número de larvas e ovos do Aedes”, explicou o secretário de Saúde.
O LEVANTAMENTO
O LIRAa é um método simplificado que permite identificar como está a infestação e distribuição do vetor Aedes aegypti no município.
Trata-se de uma amostragem, que possibilita identificar quais os bairros mais críticos e quais depósitos (de focos) são predominantes na área.
O Ministério da Saúde classifica que municípios com Índice de Infestação Predial inferior a 1% estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9% é considerado situação de alerta; e superior a 4% há risco de surto de dengue.