A imunização contra o sarampo e a poliomielite em Londrina ficou abaixo da meta nacional do Ministério da Saúde, que é vacinar 95% das crianças com idades de 12 meses a menores de 5 anos. Durante os 47 dias de campanha, um total de 24.256 crianças receberam a dose contra o sarampo e 24.059 contra a paralisia infantil, números que representam, respectivamente, 92,7% e 91,9% do público-alvo, que é de 26 mil pessoas. Os dados são da SMS (Secretaria Municipal de Saúde).
A campanha de vacinação terminou na última sexta-feira (21) e foi prorrogada duas vezes com o objetivo de alcançar a meta. Durante o período, foram desenvolvidas ações como a aplicação da vacina em CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e ampliados os dias de atendimento das UBSs (Unidades Básicas de Saúde), que funcionaram em alguns sábados dos meses de agosto e setembro com iniciativas do Dia "D" da vacinação.
Nos últimos dias da campanha, os profissionais das UBSs telefonaram para os pais orientando sobre o prazo e solicitando que conduzissem as crianças até as unidades. Além disso, os ACSs (agentes comunitários de saúde) também orientaram os responsáveis durante visitas domiciliares.
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De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Sônia Fernandes, o resultado abre uma pequena margem para que aconteçam casos das doenças em Londrina. "Infelizmente a campanha não atingiu a expectativa de vacinar 95% do público-alvo. Embora tenhamos conseguido imunizar 92%, o fato de não termos alcançado a meta nos deixa em estado de alerta, já que Londrina é um dos municípios brasileiros que não atingiu a taxa ideal de vacinação contra a paralisia infantil durante a vacinação de rotina", expôs.
Desde a última segunda-feira (24), as UBSs do Município não oferecem mais as doses extras fornecidas pela campanha. Porém, a vacinação de rotina prossegue nas unidades da zona urbana e rural. Crianças de 12 meses a 5 anos incompletos podem tomar a primeira ou a segunda dose da vacina. Já o indicativo para o sarampo é que as pessoas tomem duas doses até os 29 anos.
Até o momento, o Paraná não registrou caso positivo de sarampo, mas em estados próximos, como São Paulo e Rio Grande do Sul, já foram notificados casos da doença este ano. Como a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, é muito fácil que a doença se propague, o que evidencia a importância da vacinação.
Já a poliomielite, conhecida popularmente como paralisia infantil, é uma doença infecciosa grave que pode causar paralisia permanente em determinados músculos e que, geralmente, afeta crianças, mas pode surgir em idosos e adultos com o sistema imune enfraquecido.