Londrina pode estar mais perto de receber recursos federais para fazer a manutenção dos pontos que foram danificados pelo forte temporal do dia 15 de outubro. Medida Provisória (MP), publicada na última quinta-feira (22) no Diário Oficial da União, fez a liberação de R$ 533,5 milhões à Defesa Civil Nacional para a realização de ações preventivas e emergenciais para a reconstrução das cidades brasileiras que foram atingidas por desastres naturais neste ano.
Do meio bilhão de reais, R$ 450 milhões vão para o Ministério da Integração Nacional: R$ 140 milhões para as obras preventivas e R$ 310 milhões para as medidas de resposta aos desastres.
A medida destina, ainda, R$ 6 milhões para a criação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). O órgão vai ficar sob responsabilidade do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O restante da verba - R$ 77,5 milhões - vai para a realização de ações por parte do Ministério da Defesa.
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Londrina está entre os municípios que já solicitaram recursos federais à Defesa Civil Nacional. Ao Bonde, o secretário municipal de Defesa Social e coordenador da Defesa Civil na cidade, Joaquim Antônio de Melo, disse que a MP "dá nova esperança ao poder público, de que a verba pode ser liberada no início do próximo ano". "Mas ainda é muito cedo para dizer. Tenho que analisar a medida, dar uma verificada, e ver se Londrina integra a lista de cidades que vão ser beneficiadas com a liberação dos recursos", disse.
Segundo relatório formulado pelo poder público municipal, a cidade precisa de R$ 21 milhões para reparar todos os danos causados pelas chuvas. Os recursos serão utilizados na reconstrução de pelo menos oito pontes, no desassoreamento do lago Igapó - que transbordou durante as fortes chuvas -, e no recape de diversas ruas e avenidas que ficaram ainda mais esburacadas após o temporal.
Na última semana, Melo chegou a afirmar que a cidade não iria receber a verba federal. "Levei bronca do prefeito por ter dito isso. É claro que não dá para garantir o recebimento dos recursos, mas também não dá para descartar a vinda do dinheiro. Temos que esperar e, agora, começar a analisar a medida publicada."
Barbosa Neto já foi à Brasília por diversas vezes para tentar liberar os recursos. "Levamos oito quilos de documentos e ofícios. Conversamos com os senadores e protocolamos pedidos na Casa Civil, da ministra Gleisi Hoffmann. Mas, até agora, não conseguimos nada", lamentou o prefeito em entrevista coletiva no último dia 15.