A presença de um casal aparentemente embriagado em busca de socorro médico causou uma grande confusão na madrugada de sábado para domingo no Hospital da Zona Norte, em Londrina.
Um adolescente de 17 anos que tentava encaminhar sua namorada ao pronto-socorro para receber uma injeção de glicose se desentendeu com funcionários e com Antonio Carlos Petrus, diretor clínico do hospital que estava no plantão. Além de agredir uma enfermeira com um pontapé, A.M. destruiu um bebedouro, uma floreira e 10 vidraças do prédio. No ataque de fúria, o adolescente teve um pulso cortado e foi atendido pelos médicos ainda com algemas.
Ele foi detido pela Polícia Militar e foi encaminhado ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator (Ciaadi). O menor acusa o corpo clínico do hospital de ter sonegado socorro a Márcia Lima, de 23 anos. O caso será analisado pela Vara da Infância e da Juventude.
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Segundo Petrus, a confusão começou quando Márcia se recusou a passar por um teste de pressão arterial, tendo uma reação violenta. De acordo com o relato do diretor do hospital, a paciente demonstrava uma irritação anormal (possivelmente drogada) e se recusava a ser atendida. "Os dois chegaram a trocar tapas. Foi aí que ele se desesperou e pediu para a gente agir de alguma maneira. Mas todos que estavam no local acabaram se afastando porque o casal estava muito violento. O rapaz chegou a virar um carrinho carregado de medicamentos", afirmou Petrus.
Irritado com a resistência da namorada, o adolescente saiu do prédio. "Foi quando trancamos as portas e acionamos a polícia para evitar que ele entrasse novamente", conta Petrus. Ao perceber que não podia mais ter acesso ao prédio e antes que a polícia chegasse, A.M. passou a quebrar um bebedouro e uma floreira na parte externa. Depois pulou um muro e arrebentou vidraças. Quando a polícia chegou, o rapaz tinha acabado de arrombar a porta da cozinha e estava invadindo os corredores do hospital.
Enquanto o rapaz praticava o vandalismo, sua namorada foi finalmente sedada e recebeu a injeção de glicose. Ela dormiu durante todo o resto da madrugada e a manhã de domingo. Só foi despertar às 15 horas e voltou para casa. O rapaz permaneceu algumas horas no Ciaadi e foi liberado.