A Cooprelon, responsável por fazer a coleta seletiva em 55 mil domicílios de Londrina, apresentou na tarde desta segunda-feira (1º) defesa à Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). A cooperativa é acusada de fraudar contratos e desviar dinheiro público, que, em tese, deveria ser destinado aos recicladores. São pelo menos oito tipos de fraudes e irregularidades.
A diretoria de Operações da CMTU abriu procedimento no final do mês passado para apurar o pagamento com dinheiro público por veículos privados, a ausência do repasse de INSS aos catadores, a suposta utilização de profissionais fantasmas e a falsificação de assinaturas.
Segundo a companhia, a Cooprelon tem recebido os R$ 207 mil mensais do poder público - previstos em contrato -, mas repassado apenas o dinheiro obtido através da venda do material reciclável coletado aos recicladores. Segundo a assessoria de imprensa da CMTU, a defesa apresentada nesta segunda-feira não foi acatada pela diretoria de Operações.
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De acordo com a assessoria, a defesa "não demonstrou que as informações apuradas pela CMTU estavam equivocadas". A companhia informa, ainda, que todo o material coletado durante o procedimento vai ser encaminhado ao Ministério Público (MP), para que os promotores aprofundem as investigações e entrem com ações judiciais contra os responsáveis.
Cabe ao presidente da CMTU, Carlos Alberto Geirinhas, decidir se o contrato com a Cooprelon vai ser rescindido. Enquanto isso, a cooperativa continua prestando o serviço de coleta seletiva ao município. A assessoria não soube informar quanto tempo Geirinhas tem para tomar a decisão.