A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Londrina começou a investigar o processo de licitação que prevê a compra de 35 mil kits escolares aos alunos da Rede Municipal de Educação. A prefeitura pretende gastar R$ 8,256 milhões com o material. O preço médio é de R$ 230 por kit, valor bem acima do material cotado em Maringá, que deve custar R$ 74 por estudante, totalizando pouco mais de R$ 2 milhões. Na cidade do noroeste, a prefeitura vai oferecer o conjunto para 28 mil alunos.
As divergências de preço fizeram com que o Ministério Público instaurasse um processo para analisar a compra. Nesta sexta-feira (2), o MP ouviu o secretário de Gestão Pública, Fábio Reali, e a secretária de Educação, Karin Sabec.
O promotor Renato de Lima Castro destacou que vai verificar os detalhes do edital, para encaminhar uma recomendação à prefeitura. Alguns itens, segundo ele, devem ser reajustados.
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O excesso de exigências, sobre cada material escolar, poderia também prejudicar a concorrência pública. "Esses detalhamentos podem deixar o processo mais caro", explicou o promotor em entrevista à rádio CBN Londrina.
O secretário de Gestão Pública, Fábio Reali, voltou a afirmar que a diferença nos preços está relacionada à qualidade do material. No entanto, ele garantiu que o processo pode ser modificado. "Vamos rever os pontos que foram questionados pelo Ministério Público."
Apesar das investigações e do pedido de impugnação por parte do Observatório de Gestão Pública de Londrina, o edital continua aberto e as empresas podem se inscrever.
Vale lembrar que os questionamentos vieram à tona após publicação de reportagem pelo Portal Bonde na última segunda-feira (26). (com informações da rádio CBN Londrina)