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Dificuldades

Mudança em programa habitacional afeta quase 50 mil na fila da casa própria em Londrina

Celso Felizardo e Viviani Costa - Grupo Folha
11 abr 2017 às 07:49

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- Ricardo Chicarelli/Grupo Folha
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Uma determinação recente do Ministério das Cidades, que promoveu alterações no Minha Casa, Minha Vida, afeta diretamente quase 50 mil pessoas que estão na fila de espera por uma casa em Londrina. Por conta das mudanças, a Companhia de Habitação (Cohab-Ld) está impedida de construir novos empreendimentos pelo programa do governo federal. Isso porque uma das exigências da pasta é que nenhuma obra do Minha Casa, Minha Vida esteja paralisada no município, seja por motivos relacionados à construtora responsável pela execução do projeto ou devido a ocupações irregulares, como é o caso do Residencial Flores do Campo, na zona norte.

De acordo com o presidente da Cohab-Ld, Marcelo Cortez, a portaria publicada no final de março regulamenta o programa na chamada modalidade FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) que beneficia famílias da faixa I, com renda mensal de até R$ 1.800. Em Londrina, cerca de 80% dos cerca de 61 mil inscritos na fila da Cohab se enquadram nesse perfil. "Isso nos preocupa. Estamos momentaneamente impedidos de receber novos recursos. Outros projetos da Cohab e de particulares com o apoio da Cohab seriam apresentados para atender essas famílias da faixa I", lamentou Cortez.

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O Residencial Flores do Campo tem 1.218 unidades entre casas e apartamentos. Segundo o presidente da Cohab, a obra seria entregue no final de 2015. Os imóveis foram ocupados em setembro do ano passado e a Justiça Federal determinou a reintegração de posse dias depois, a pedido da Caixa Econômica Federal, mas nada foi feito. "A expectativa da Caixa é gastar cerca de R$ 15 milhões para recuperar a obra. Pelo menos 3,5 mil famílias de Londrina vivem em locais irregulares como ocupações e assentamentos. Quem está inscrito na fila de espera da casa própria e ocupa uma área de forma irregular perde a preferência na fila. "Entre 2009 e 2012 foram retiradas 1.600 famílias desses locais. Em muitos deles, as famílias retornaram e aumentou ainda mais o número de ocupações", afirmou Cortez.

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A Polícia Federal foi procurada para comentar sobre a reintegração de posse no Residencial Flores do Campo, mas ninguém concedeu entrevista ou esclarecimentos sobre o assunto. A reportagem não conseguiu contato com a Caixa Econômica Federal.

Leia mais na Folha de Londrina.


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