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Transporte coletivo

PM quer 'prevenção' contra Dia do Pula-Catraca

Redação - Folha de Londrina
20 jun 2003 às 20:29

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O comando do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM) deve enviar nos próximos dias documentos à Polícia Civil para pedir ''prevenção'' contra protestos de estudantes insatisfeitos com o aumento da tarifa do ônibus, que no dia 1º de junho pulou de R$ 1,35 para R$ 1,60.

A providência é resultante do anúncio do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) de que os universitários promoveriam no dia 1º de julho o Dia Municipal do Pula-Catraca.

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No início desta semana, o 5º BPM já havia enviado um ofício ao Ministério Público (MP) com pedido semelhante. Este documento foi apresentado antes da ''criação'' do Dia do Pula-Catraca. ''Um dos lemas deste movimento, desde o começo, foi o 'pula catraca'. Por isso, estávamos atentos a estas situações, que são ilegais. Andar de ônibus pulando a catraca é como não pagar a conta num restaurante'', apontou o capitão Sérgio Dalbem.

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Ele alegou que a PM ''não pode fazer nada por antecipação''. ''Este ato (de pular catraca) é uma incitação. É preciso prevenir'', disse Dalbem. Segundo o capitão, o MP prometeu se manter ''atento'', e poderia entrar com medidas judiciais para punir os responsáveis pelo protesto. A Polícia Civil, segundo o 5º BPM, poderia investigar o assunto.

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O setor de relações públicas do Batalhão informou que no dia da manifestação serão tomadas medidas específicas, como o policiamento em ônibus e nos terminais. Outras ações serão determinadas apenas no momento. O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial (SDP), Jurandir Gonçalves André, afirmou que a tarefa de prevenção cabe à PM. ''A Polícia Civil apenas apura os crimes'', argumentou.


As empresas Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) e Francovig informaram, por meio de suas assessorias, que no Dia do Pula-Catraca apenas seguirão orientações da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). O estudante Rafael Morais Português, um dos coordenadores do DCE, disse nesta sexta que acredita que nem as empresas nem o poder público aceitarão ''de bom grado'' a manifestação.

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''Mas nossa mobilização nesse dia não dirá respeito apenas ao ato de pular a catraca. Vamos incentivar as pessoas a pegar caronas, a encontrar outras formas de locomoção, a boicotar o transporte coletivo de alguma forma'', explicou. Já Wilson Sella, presidente da CMTU, afirmou que soube do Dia do Pula-Catraca apenas pela imprensa e que não se posicionaria sobre o assunto por enquanto.


Numa reunião entre representantes da Companhia e dos universitários, na quarta-feira, a CMTU propôs a criação de um comitê para discutir o valor da tarifa. ''Estou apenas aguardando uma pauta deles (estudantes), para que eu saiba o que eles pensam e o que querem. O comitê deve ser criado na semana que vem'', disse Sella.

Segundo Português, a diretoria do DCE está discutindo internamente o assunto. ''Não deixaram bem claro para nós para que serviria esse comitê'', afirmou o coordenador.


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