“Às vezes dá vontade de sumir, de desaparecer e nunca mais voltar”. A frase é um desabafo de Ediana Ferreira Andrade, moradora do Aparecidinha, na zona norte de Londrina, que enfrenta uma dura realidade: a fome e a falta de amparo.
Vivendo com dois filhos e uma renda mensal de R$ 600, que vem do Bolsa Família, a dona de casa luta para colocar comida na mesa e garantir o mínimo para ela e para os filhos.
Essa realidade também é compartilhada com milhares de famílias londrinenses. De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Assistência Social, 58.117 pessoas não têm nenhum tipo de renda na cidade, totalizando 26.514 famílias que dependem exclusivamente de benefícios sociais para se manter.
Leia mais:
Hoftalon entrega óculos para alunos de escolas municipais da zona norte de Londrina
Cidade Industrial tem 47 dos 52 lotes arrematados em Londrina
Prefeitura de Londrina alerta para golpes com cobrança de impostos via mensagem
Prefeitura de Londrina faz plantão de atendimento do Profis 2024 neste sábado
A informação foi retirada da base de dados do CadÚnico (Cadastro Único) de janeiro, que também aponta que 81.436 pessoas vivem com uma renda entre R$ 1 e R$ 651 por mês.
Jacqueline Micali, secretária municipal de Assistência Social, explica que a pasta considera como extrema pobreza apenas a população que não tem renda.
Esse cálculo está em desacordo com o estipulado pelo Banco Mundial que, após atualizações dos valores em setembro do ano passado, define a extrema pobreza quando a renda per capita de uma família é de até US$ 2,15 por dia; em reais, seria em torno de R$ 10,90 diários. No mês, isso representa uma renda per capita de R$ 327.
Na prática, o município tem um número muito maior de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza, que não têm acesso a itens básicos para uma vida digna, como alimentação, higiene e uma moradia digna.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: