Marcos Vinício Bozzana da Fonseca, David Levisio, Lindolfo Kosmaski e Robsom Paim. Estes são os nomes dos quatro jovens que foram assassinados nos últimos 19 dias no Paraná, três deles na capital paranaense e outro em São João do Triunfo (Campos Gerais). Os quatro casos podem estar relacionados a crimes de homofobia e, se confirmados, não são uma exceção. Os relatórios anuais do Grupo Gay da Bahia mostram que entre 2015 e 2019 (último relatório publicado) foram registradas 84 mortes no Estado, o que equivale a 21 mortes por ano. Somente em Curitiba foram registradas cinco mortes em 2019.
Segundo Toni Reis, diretor presidente da Aliança Nacional LGBTI+, já houve em Curitiba um assassino em série que matou 12 pessoas LGBT em 2012 e que foi detido. "Mas o modo de agir desses últimos casos é muito parecido com o que ocorreu naquela época. Nossa área jurídica já esteve falando com o delegado dos casos atuais e as forças de segurança já estão fazendo um alerta para toda a comunidade LGBT. A LGBTfobia sempre existiu, mas agora a gente deve ter cuidado redobrado”, destacou. Em outubro do ano passado, Reis recebeu 97 mensagens com a suástica nazista em seu celular e também sofreu invasões de reuniões por meio de grupos de WhatsApp.
"A gente está atento. A Aliança cuida desse assunto no âmbito nacional e as organizações locais cuidam disso junto à comunidade de Curitiba. Todas pedem para redobrar os cuidados. Pela Aliança temos a iniciativa chamada Cumpra-se, com o MPPR (Ministério Público do Estado do Paraná). Todos devem estar unidos para ajudar a população a se cuidar. É um problema sério. Temos um setor da sociedade que possui esse discurso de ódio e ele está na fala de alguns líderes religiosos. São eles que ‘afiam a faca’ em seus sermões com essa propensão ao ódio”, declarou Reis.
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