A Prefeitura de Londrina quer R$ 19 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para fazer a reforma dos dois últimos pavimentos de sua sede. Para conseguir a liberação dos recursos, o município precisa elaborar projetos técnicos e apresentá-los ao órgão do Governo Federal.
A prefeitura publicou na edição desta quinta-feira (7) do Diário Oficial do Estado um aviso de licitação convocando as empresas interessadas na elaboração das iniciativas. O secretário municipal de Gestão Pública, Rogério Carlos Dias, contou que devem ser elaborados cinco projetos. Cada um deles pode custar até R$ 25 mil. Ou seja, o gasto total com os estudos pode chegar aos R$ 125 mil.
"Vão ser reformados os segundo e terceiro pavimentos, onde fica toda a estrutura do gabinete do prefeito, da Procuradoria, das secretarias de Gestão Pública e Planejamento, do setor de Licitações... Precisamos dos projetos para ver se vamos precisar retirar alguns setores do locais, remover divisórias, remanejar funcionários. A estrutura, que já está precária há 20 anos, precisa ser readequada ainda nesta administração", argumentou.
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Serão criados projetos arquitetônicos e para os sistemas elétrico, hidráulico, controle de incêndio e rede de informática. "É uma série de medidas que farão parte de um grande projeto de modernização", completou Dias.
A atual administração alega que precisa da reforma para melhor o atendimento oferecido à população. Uma estrutura física melhor também significa agilidade na execução dos procedimentos administrativos, segundo o secretário. Ele não vê discrepância entre o alto valor a ser gasto nas reformas com o discurso do prefeito Alexandre Kireeff, de que o município passa por dificuldades financeiras. "As reformas são necessárias justamente para fazer o poder público a economizar mais para frente."
Atualmente, o prédio da prefeitura não atende as regras de segurança da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A reportagem do Bonde já presenciou gambiarras em alguns setores; fios desencapados; falta de acessibilidade; ausência de extintores de incêndio, problemas de infiltração, janelas quebradas, goteiras, forros rachados, entre outros problemas estruturais. No teto da sede do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), por exemplo, uma pomba aproveitou o descuido para fazer um ninho.
"A rede elétrica é antiga. As divisórias estão quebradas. O sistema hidráulico dá problemas. Não há um sistema de condicionamento de ar. Além disso, precisamos de um novo data center. O sistema de informática da prefeitura está totalmente ultrapassado. A rede é antiga, lenta. Precisamos atualizar tudo isso para otimizar o serviço", destacou o secretário de Gestão.