A construtora contratada em 2019 para reformar a Maternidade
Municipal Lucilla Ballalai, no centro de Londrina, pediu no início deste
mês o rompimento do contrato. No documento protocolado na prefeitura – e
que a FOLHA teve acesso – a empresa, que tem sede na cidade, faz
inúmeras reclamações.
A empreiteira alega, por exemplo, que o contrato estabelecia a
execução da obra em 420 dias e, levando em conta a data da ordem de
serviço, a entrega deveria ter sido em outubro de 2020, no entanto, "já
foram 1.051 dias e o atraso é de responsabilidade única e exclusiva da
contratante", ou seja, do poder público. “Desde o início da obra foram
liberadas pequenas frentes de trabalho para a contratada, o que aumentou
substancialmente os custos diretos e gerou prejuízo significativo para a
contratada", sustentou.
No ofício, a empresa também cita que a análise das demandas é morosa e
que mesmo aquelas garantidas no edital demoram meses para ter pareceres.
Além disso, alerta que os trabalhadores que atuavam na revitalização da
maternidade foram retirados totalmente na semana passada. "A obra não
tem previsão alguma de término. A contratante já sinalizou que as demais
áreas não serão liberadas integralmente no curto prazo”, afirmou.
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As melhorias no prédio vêm acontecendo em "blocos” e com a unidade
funcionando de maneira concomitante, situação que já havia sido
reconhecida pelo município como um desafio. Em 2020 foi finalizada a
construção do novo prédio do centro cirúrgico, ampliando a área da
unidade para mais de 3,3 mil metros quadrados. Já em dezembro do ano passado uma cerimônia marcou a entrega da segunda fase da reforma da maternidade.
Na época, a prefeitura divulgou que faltavam apenas as intervenções
na última parte definida no planejamento, na ala denominada pós-parto.
Segundo dados disponibilizados pela prefeitura, a última medição, de
maio, apontou que a obra está com 80% de execução. O contrato é de R$
6,8 milhões, sendo que a empresa recebeu cerca de R$ 5,5 milhões até
agora.
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