Começou em Londrina construção de mais trechos de ciclovias na região do Lago Igapó. Segundo a Prefeitura de Londrina, por meio da SMOP (Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação), o objetivo é promover um meio de transporte saudável, ativo e sustentável.
Localizadas entre as ruas Adhemar Pereira de Barros e Bento Munhoz da Rocha Neto, e também entre as ruas Monte Castelo e Rua João XXIII, as estruturas foram projetadas pelo Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina). Ambas fazem parte do Ciclo Circuito Parque Igapó, cuja extensão é de 18 km.
Com início na rua Lima, um dos trechos vai da rua Bento Munhoz da Rocha Neto até a avenida Higienópolis, integrado às estruturas cicloviárias já existentes.
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A obra ainda abrange a implantação de uma ciclovia na rua Monte Castelo, às margens do Vale da Água Fresca até a rua Humaitá, passando em seguida pelas ruas Pensilvânia, Raja Gabaglia e Malba Tahan. Depois de atravessar a rua Goiás, o percurso vai para a rua Raja Gabaglia, indo até as ruas Pedro Couto, José Oiticica e João XXIII. Em seguida, passará pela rua Benjamin Constant, integrando-se à ciclovia que já existe na rua Paranaguá.
Feitas pela Gasparine Engenharia Civil, contratada por meio de licitação, as obras tiveram início em março, e têm prazo de conclusão de 120 dias. No total, o investimento da Prefeitura nessas intervenções é de R$ 614.900,00.
“Londrina tem muitos praticantes de ciclismo. Eles não são somente pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte, mas também cidadãos que pedalam por esporte, lazer e para melhorar a saúde. Por esse motivo, o Ippul e a Secretaria de Obras, tendo consultado alguns grupos de ciclistas da cidade, projetaram um circuito urbano que vai passar pelos lagos e em alguns dos locais mais bonitos de Londrina”, disse o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada.
Ainda de acordo com Canhada, a iniciativa visa incentivar o londrinense a usar mais a bicicleta, oferecendo condições para que as pessoas possam transitar com segurança. “Isso vai atrair muita gente, e tenho certeza que as novas ciclovias vão ser um sucesso. Pretendemos que esse seja o primeiro de outros circuitos na área urbana do município”, afirmou.
Para a gerente de Projetos de Sinalização Viária e Controle de Tráfego do Ippul, Cristiane Biazzono, o órgão planeja implantar circuitos cicloviários nos cinco parques lineares de Londrina: Cambezinho/Igapó, Cafezal, Lindoia, Jacutinga e Limoeiro.
“Buscamos nos aproximar da comunidade para discutir essas iniciativas, em especial das associações de cicloativistas, durante os encontros em que foi debatido o Plano de Mobilidade Urbana de Londrina. Essas ações começaram a ser desenvolvidas em junho de 2021, e as discussões foram concluídas em agosto de 2023. Atualmente, estamos trabalhando no Ciclo Circuito Parque Igapó, que tem 18 km de extensão. E, futuramente, vamos elaborar também os projetos referentes aos outros parques lineares”, comentou.
O diretor de Projetos do Ippul, Robson Shimizu, pontuou que, atualmente, Londrina tem uma rede cicloviária de 68 km de extensão, e a meta é atingir a marca de 300 km.
“Porém, um dos problemas é que essa quilometragem não é contínua, e a rede cicloviária inclui diversos trechos desconectados. O Ciclo Circuito Parque Igapó será o primeiro circuito completo da cidade, propiciando segurança e praticidade para os ciclistas”, destacou.
Além disso, Shimizu comentou que o Município pretende implementar conexões entre outras ciclovias já existentes em Londrina.
“Uma dessas obras será a conexão da ciclovia da avenida Leste-Oeste com novas ciclovias nas avenidas dos Pioneiros e das Laranjeiras. Dessa forma, a extensão do percurso atual dessa região passará de 6 km para mais de 10 km. Já na avenida Saul Elkind, pretendemos ampliar a ciclovia existente de 8 km para cerca de 20 km, chegando até a estrada da Perobinha. Futuramente, também vamos ligar a ciclovia da avenida Francisco Gabriel Arruda, que atualmente chega quase até o terminal Ouro Verde, à avenida Leste-Oeste, através da Winston Churchill, Brasília e Castelo Branco. Quando completo, esse trajeto terá 24 km”, pontuou.
O administrador hoteleiro e ciclista Luiz Afonso Giglio, integrante da Associação Mobilidade Ativa desde o início do grupo, em 2019, participou das discussões que resultaram na elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Londrina. Segundo Giglio, o plano é muito bem-feito, e tem o potencial de trazer ótimos resultados para a cidade.
“Esse circuito abrange vários pontos prioritários do Plano de Mobilidade e permite o uso da bicicleta para explorar o Parque Linear do Cambezinho/Igapó, promovendo o lazer, a atividade física e a qualidade de vida da população. Isso é algo muito positivo para a cidade, e inclusive estimula também o turismo em Londrina”, realçou.