A Sema (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) desaconselhou a Prefeitura de Londrina a ceder um terreno às margens da PR-538, perto do distrito de São Luiz, na zona sul, para a construção da nova sede da ADA (Associação Defensora dos Animais), que cuida de quase mil cachorros e gatos abandonados.
A área tem mais de 360 mil metros quadrados, mas não deve ser utilizada totalmente. É bem maior do que o espaço de 15 mil metros quadrados usado pela entidade, na Warta, próximo à PR-445, na região norte. A Secretaria de Governo opinou que a associação fique com uma parte mais ao fundo e deixe o restante, esta mais perto da rodovia, "para o desenvolvimento de outras atividades de interesse público".
A ADA pediu no final de abril um novo lugar para abrigar os animais. A partir disso, várias secretarias se manifestaram sobre o pedido. No início de julho, em documento ao qual a reportagem teve acesso, a Sema sugeriu que outro local seja indicado.
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A justificativa é que a ADA seria instalada em uma região perto do Parque Estadual Mata dos Godoy, maior fragmento da Mata Atlântica em Londrina. "Os animais domésticos poderiam representar risco sanitário à fauna silvestre que transita por ali, assim como vice-versa. Eles estariam sujeitos até mesmo a surto de leishmaniose e parvovirose (doença que atinge o sistema gastrointestinal dos cães)".
A manifestação é assinada pelo gerente de Parques e Biodiversidade da Sema, Jonas Henrique Pugina. Em entrevista à FOLHA, ele explicou o motivo do posicionamento. "Podemos ter a transmissão de doenças entre os animais, sejam os domésticos quanto os silvestres. Porém, a competência pra autorizar ou não é do governo estadual", disse.