A Universidade Estadual de Londrina ainda não encontrou empresas interessadas na construção do acesso ao anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA). O local foi palco de um acidente no dia 12 de fevereiro de 2006, quando a marquise desabou e matou dois estudantes durante um congresso de zoologia. Outras 20 pessoas sofreram ferimentos.
Após o acidente, a universidade ficou cerca de quatro anos impedida judicialmente de refazer a obra. Em 2010, um projeto foi apresentado para a reconstrução da marquise. Na ocasião, professores do Departamento de Estruturas do CTU desejavam manter o projeto arquitetônico da marquise idêntico ao anterior. A parte estrutural seria reforçada para evitar que um acidente semelhante ocorresse. O projeto custaria cerca de R$ 100 mil e acabou não saindo do papel.
No ano passado, a UEL abriu licitação para construção do acesso ao anfiteatro. De acordo com diretor de Planejamento e Desenvolvimento Físico da UEL, José Luiz Faraco, o novo projeto não tem relação com o que foi apresentado em 2010. Na primeira oportunidade, nenhuma empresa se mostrou interessada na obra. Nesta segunda-feira (25), saiu o resultado da segunda licitação e mais uma vez não houve interessados.
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Em entrevista ao Portal Bonde, Faraco adiantou que a UEL vai reeditar o projeto e fazer nova licitação, que deverá ser aberta em março. Caso não haja novamente vencedor, a universidade estará livre para contratar uma empresa para executar a o serviço sem a necessidade de nova licitação.
Para o diretor da UEL, o valor baixo tem contribuído para o desinteresse das empresas.
"É uma obra simples, de cerca de R$ 47 mil, de curta duração. Nenhuma construtora se habilitou. É uma questão comercial, até pelo mercado aquecido o baixo valor não chama atenção".
Faraco explicou como está previsto o novo projeto. Segundo ele, o novo acesso ao anfiteatro do CESA será um hall de entrada com uma laje apoiada em quatro pilares.
"A intenção é construir um avarandado. Uma forma para reparar a fachada e recuperar o que está destruído desde o acidente".
Sobre o novo projeto arquitetônico, Faraco preferiu não fazer comparação com a marquise que caiu em 2006. Ele disse que repetir aquilo não seria atrativo, traria insegurança às pessoas. Por isso, foi prudente a modificação, que além disso barateou o custo.