Após a notícia de que dois vereadores protocolaram hoje na Câmara, um projeto de lei visando liberar a utilização de transporte alternativo de passageiros por meio de vans e kombis de lotação, os motoristas e cobradores das empresas do transporte público marcaram protesto para amanhã (14).
Uma comitiva deve ir até a Câmara se opor à proposta.
Os vereadores Joel Garcia (PDT) e Tito Valle (PMDB) - respectivamente presidente e membro da Comissão Especial de Investigação (CEI) do Transporte - protocolaram hoje projeto de lei que institui, em caráter emergencial, e "se houver necessidade", o transporte alternativo.
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Na avaliação do presidente do Sintrol, João Batista da Silva, que representa motoristas e cobradores, existe uma crise institucional que impede as negociações de reajuste salarial com as empresas.
Em entrevista à rádio CBN, João Batista coloca em cheque a ideia de liberar perueiros, vans e lotações. Ele classifica a intenção de irresponsável e acusa Joel Garcia (PDT) de ter interesses no assunto:
"Nós estamos recebendo como a revelação dos reais interesses do vereador [Joel Garcia]. Parece que ele já esteve por trás de outras ameaças de invasão do transporte pirata na cidade. E agora parece que os reais interesse desse homem está ficando muito claro pelas propostas que eu considero como irresponsáveis, de liberar geral o transporte".
O presidente do Sindicato, ainda à CBN, adverte : "Esses dias passou uma ampla reportagem no Fantástico que a bandidagem tomou conta do transporte alternativo nas grandes cidades. E a evasão de passageiros do transporte regular público para transporte alternativos é altamente pernicioso a esse serviço, que não pertence a empresa A, B ou C. Esse serviço pertence à comunidade de Londrina".
João Batista lamenta a politização em torno do preço da tarifa e diz que um documento por escrito vai ser encaminhado pelo Sindicato aos vereadores.
"Vamos entregar um documento escrito pedindo bom senso, clamando por um entendimento. Tendo em vista que a ingovernabilidade não serve a ninguém. É prejudicial para a cidade de Londrina. Nossa categoria está sendo usada para essa finalidade política. Essa birra política que achamos descabida nesse momento".
A categoria, cuja data-base venceu no início de junho, reinvindica aumento salarial de 10%, sendo 6% referente à inflação e 4% de aumento real. As empresas alegam que é impossível reajustar os salários sem que haja aumento na tarifa do ônibus.