Representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) chegaram a Londrina na manhã desta quarta-feira (21) para verificar como serão os desdobramentos da investigação que apura a morte do agente penitenciário Thiago Borges de Carvalho, 33 anos, que levou um tiro fatal na cabeça enquanto voltava de uma revista nos presos da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2). Ele foi baleado dentro de uma viatura do Departamento de Execução Penal (Depen) depois de passar pela avenida Guilherme de Almeida, conjunto União da Vitória, zona sul de Londrina.
Além de Carvalho, outros dois agentes, sendo um deles uma mulher de 37 anos, foram atingidos de raspão e não correm risco. Todos foram encaminhados às pressas para o Hospital da Zona Sul (HZS), mas o rapaz de 33 anos morreu minutos depois. O corpo foi velado durante a madrugada no prédio da Câmara de Vereadores de Londrina e será encaminhado para o enterro em Dracena (SP), programado para esta quarta-feira. A suspeita é de que os tiros tenham sido efetuados por aproximadamente quatro criminosos que armaram a emboscada escondendo-se no matagal. Eles estariam armados de fuzil e encapuzados.
O vice-presidente do Sindarspen, José Roberto Neves, adiantou que o órgão vai trabalhar em duas frentes durante a permanência em Londrina: visitar os agentes que trabalham nas penitenciárias da cidade e cobrar uma posição enérgica do secretáro estadual de Segurança Pública, Wagner Mesquita, que já agendou entrevista coletiva para o periodo da tarde. No entanto, o sindicalista reforçou que "a execução de Carvalho é mais um exemplo para mostrar a precariedade que a categoria vive há muito tempo".
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Segundo Neves, Thiago era integrante do Serviço de Operações Especiais (SOE), setor criado dentro das organizações do Depen para intervenção, imobilização e contenção de motins e rebeliões em presídios do Paraná. Ele ingressou na carreira de agente penitenciário há oito anos, e "desde cedo mostrava interesse em se aprimorar", comentou o representante.
Conforme o Sindarspen, a presença do secretário em Londrina "será essencial para cobrar um medida efetiva na ampliação do efetivo que trabalha nas unidades do Estado". O sindicato calcula que 800 aprovados no último concurso público - realizado há três anos - aguardam a nomeação. "Mas a alegação do governo é a falta de dinheiro", disse. A assessoria de imprensa da Sesp adiantou que todos os esclarecimentos serão prestados na coletiva marcada para a tarde desta quarta-feira.