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Transporte coletivo

Tarifa reajustada pode causar protestos

Redação - Folha de Londrina
14 jun 2003 às 15:22

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Londrina nem se recuperou do violento protesto contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo no município, ocorrido na tarde da última sexta-feira, e novas manifestações já estão sendo cogitados a partir de segunda. As garagens das empresas que operam o serviço receberam reforço na segurança e as polícias estão de sobreaviso.

Neste Sábado, os ônibus circularam normalmente até o início da tarde e os usuários acordaram sabendo que a Justiça negou liminar para cancelar o reajuste, e os que tomaram ônibus tiveram que desembolsar R$ 1,60 para passar pela catraca.

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Por volta das 22 horas de sexta-feira, o juiz substituto da 4ª Vara Cível, Álvaro Rodrigues Júnior, anunciou que havia indeferido o pedido de liminar proposto pelo promotor de Defesa dos Direitos do Consumidor, Miguel Sogaiar, em uma ação civil pública que pede a suspensão do decreto municipal que majorou a tarifação do transporte coletivo em 18,54%. O aumento que vigora desde o dia 1º de junho.

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O promotor tomou conhecimento neste sábado pela manhã do despacho. Através de um amigo, declarou que iria se pronunciar no momento oportuno. Ele ainda poderá ingressar com recurso em instância superior. No decorrer dessa semana, Sogaiar deverá receber mais documentos relativos, principalmente, ao controle de passageiros.

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As partes arroladas como rés na ação - Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) e Francovig - falaram com a imprensa e destacaram a decisão da Justiça. Apenas o prefeito Nedson Micheleti (PT), mais uma vez, não deu declarações sobre o assunto.


Objetivo, o presidente da CMTU, Wilson Sella, considerou ''coerente'' a decisão da Justiça. Ele não fez maiores comentários e disse que apenas no decorrer da semana poderá falar de forma mais aprofundada sobre o assunto. Com relação ao protesto de sexta, o presidente da CMTU afirmou que teve ''motivação política'' e que já solicitou providências às polícias Civil e Militar.


O gerente geral da TCGL, Gildalmo de Mendonça, declarou que a decisão do juiz foi ''coerente, clara e objetiva'' e reafirmou a competência da CMTU e do município em estabelecer e fixar a tarifa. O gerente afirmou que não teme uma auditoria na contabilidade da empresa, uma vez que o juiz destacou que somente após essa análise seria possível perceber o desequilíbrio econômico-financeiro que motivou o reajuste. ''Não tenho receio nenhum de sofrer auditoria'', declarou, completando que toda a composição da planilha é feita com base em documentos fiscalizados pela CMTU.

Mendonça lamentou os acontecimentos ocorridos na sexta. Cerca de 60 mil pessoas foram impedidas de utilizar o serviço. ''Peço que diretores e professores orientem seus alunos a não participarem desse tipo de manifestação, pois estão lutando por uma causa que eles não conhecem'', considerou.


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