Com uma folha de pagamento de R$ 9,5 milhões, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) está identificando os docentes que, mesmo recebendo a gratificação por dedicação exclusiva, conhecida como Tide, mantém outras ocupações e empregos formais.
Segundo Lygia Puppato, reitora da universidade, essa procura já está sendo realizada há seis meses, e conta com a colaboração de outras instituições.
''Estamos pedindo às demais escolas de ensino superior que nos forneçam sua relação de professores'', disse a reitora. Ela informou que nem todas as universidades já mandaram suas listagens.
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Numa das relações já recebidas, no entanto, foram identificados dois professores que recebiam a Tide como docentes da UEL, e que perderam imediatamente o direito à gratificação.
A polêmica da Tide voltou à tona na segunda-feira, quando a reitora recebeu da assessoria de auditoria interna o estudo da folha de pagamento da universidade a partir de agosto de 2002.
O relatório, finalizado no último dia 4, não apontou indícios de irregularidades, mas sugeriu adequações legais e administrativas. O estudo calculou as despesas com a Tide em 7,91% da folha, ou R$ 757,2 mil.
No site www.uel.br/crh, a UEL está disponibilizando a listagem de seus servidores por regime de horas aula e de gratificações. ''Queremos toda a ajuda possível para identificar os docentes que não estão cumprindo o que se comprometeram a fazer pela universidade'', afirmou a reitora.