Quando foi inaugurada, há 35 anos, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) ficava numa área isolada na zona oeste. Com o passar dos anos, a área ao redor do campus sofreu intensa urbanização e hoje a instituição sofre os problemas do restante da cidade. Um deles e dos mais graves: a falta de segurança.
Na tarde desta segunda-feira, a reitora da UEL, Lygia Puppato, se reuniu em Curitiba com o secretário de Estado de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, e apresentou o projeto de melhoria do atual sistema de segurança. Amanhã, a reitora tem audiência com a secretaria de Estado de Planejamento, Eleonora Fruet, para solicitar a liberação de R$ 337 mil para compra de 132 câmeras de vídeo, construir guaritas e instalar alarmes.
De acordo com o prefeito em exercício do campus, Luiz Cláudio Buzeti, entre julho do ano passado e agosto deste ano, foram registrados na universidade 81 arrombamentos, 26 furtos e oito assaltos à mão armada. ''A universidade não é diferente do restante da cidade e do País e também sentimos os reflexos do aumento da criminalidade'', argumentou Buzeti.
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Ele apontou que a segurança do campus fica à cargo de 153 seguranças, que não podem portar armas. A função dos vigias é zelar pela preservação do patrimônio. Buzeti informou que 22 mil pessoas circulam diariamente pelo campus e é preciso criar mecânismos para melhorar a segurança para todos.
A instituição já adotou algumas medidas, este ano, para tentar diminuir as ocorrências na área do campus. Há alguns meses, por exemplo, a reitoria baixou uma portaria proibindo a venda e o consumo de bebida alcoólica na UEL e suspendendo a realização de festas.
O projeto apresentado pela reitora ao Governo prevê câmeras de vídeo, que serão instaladas no calçadão, estacionamentos, acesso de prédios e áreas com grande circulação de pessoas, como o Restaurante Universitário. Outra parte dos recursos serão consumidos na instalação de guaritas e cancelas nas entradas e saídas do campus. Uma terceira parte será gasta na compra de alarmes, pois boa parte dos prédios ainda não possuem nenhum dispositivo de alerta. Com a liberação da verba, a expectativa da Prefeitura do campus é que as obras sejam iniciadas até o início do próximo ano.
A UEL já dispõe da verba necessária mas, originalmente, ela deveria ser gasta em investimentos. O pedido já foi informado à Secretaria de Planejamento - que faz a liberação - há dois meses. A reitora considerou que ''o problema (da falta de segurança) é grave'' e precisa ser atacado rapidamente. Ela saiu satisfeita do encontro com Delazari e comentou que estava confiante de que iria conseguir a liberação dos recursos.
A reportagem procurou a assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública mas, até o começo desta noite, não foi divulgado nenhuma posição oficial sobre o projeto apresentado pela reitora.