Quem fala em segurança pública em Londrina, hoje, cai sempre em uma angustiante constatação: faltam menos de três meses para o fim do ano e já morreram 105 pessoas. A média é de uma morte a cada dois dias e meio. Respeitado tal ritmo, serão 146 até o final do ano. A cidade tem tudo para ultrapassar seu recorde de óbitos da violência. Ocasionados principalmente pela mortal teia de relações do tráfico de drogas.
A maior parte das vítimas é jovem. Apenas 18 delas tinham mais de 30 anos de idade. Outras trinta ainda nem haviam chegado aos 20. Quase todas envolvidas com consumo e tráfico de drogas, acredita João Luiz Clevè Machado, juiz da 1 Vara Criminal de Londrina. ''Pelo menos 80% dos crimes praticados em 2002 têm por trás a droga'', afirma o juiz.
Francisca Vergínio Soares, doutora em Sociologia e professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Norte-Paranaense (Uninorte), destaca essa como uma das semelhanças entre a escalada de violência da cidade e do Rio de Janeiro, que foi iniciada nos anos 80. ''Aqui, o crime praticado há 15 anos tinha pouca relação com o tráfico de drogas. Hoje, é esse comércio que motiva os assassinatos e roubos na cidade'', destaca. A maior parte dos assaltos que ocorrem em Londrina seriam planejados e executados por jovens dependentes sobretudo para saldar dívidas do tóxico.
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