Vítimas de roubo estão apelando para a negociação com os bandidos em Londrina. Mesmo arriscando a vida, elas oferecem dinheiro e marcam encontros para reaver os objetos roubados e evitar um prejuízo maior.
A Folha acompanhou ontem o estudante J., 16 anos, telefonando de um orelhão à pessoa que furtou seu celular em um shopping de Londrina há 12 dias. Durante a negociação, o acusado pediu R$ 150 para o rapaz. ‘Ofereci R$ 100 e um celular usado mais velho. É um absurdo ter que comprar meu próprio aparelho’, reclamou J., ressaltando que tentaria agendar o encontro hoje.
Se a história do estudante parece absurda, a situação que viveu o comerciante S., 54 anos, foi real e perigosa. No mesmo dia em que perdeu o celular (há 15 dias), ele recebeu um telefonema de madrugada. O homem que ligou disse que estava com o aparelho, pediu R$ 50 e marcou um encontro no Jardim Olímpico (zona oeste).
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Com medo da violência, S. exigiu que o local do ‘resgate’ fosse em frente a um supermercado da Avenida Tiradentes e às 13 horas. Foi uma negociação rápida. O comerciante fez uma contra-proposta ao bandido, oferecendo R$ 20. O rapaz aceitou, pegou o dinheiro e saiu caminhando tranquilamente.
Já a empresária V., 32 anos, não teve a mesma sorte. Corajosa, ela chegou a ficar cara a cara com o receptador que comprou objetos roubados da residência. O objetivo do encontro era negociar um relógio Rolex, relíquia da família. ‘Ele (o receptador) negou que conhecesse os ladrões, mas ficou com o número do meu celular. Outro dia, um policial me disse que o relógio estava sendo negociado no mercado negro. Já ofereci dinheiro, mas até agora nada’, disse.
Leia a reportagem completa na Folha de Londrina desta quarta-feira.