O presidente da China, Xi Jinping, recebeu um inédito terceiro mandato para comandar o país neste domingo (23), sendo eleito novamente como o secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC) ao fim do 20º Congresso da sigla.
É a primeira vez desde Mao Tsé-Tung que um líder chinês fica mais de dois mandatos no cargo, sendo que o histórico nome comunista ficou no poder entre 1949 a 1976.
A prorrogação de mais cinco anos só foi possível por conta de uma mudança constitucional, que permitiu que Xi aumentasse seu período à frente do governo de Pequim.
Leia mais:
Itália debate mudanças na lei e prevê mais taxa após aumento de cidadanias
O que 'Ainda Estou Aqui' e Fernanda Torres precisam fazer para concorrer ao Oscar
Sem acordo, tratado global contra a poluição plástica é adiado para 2025
Biden concede perdão a filho após dizer que respeitaria resultado de julgamento
Além de secretário-geral do PCC, o mandatário seguirá como comandante-em-chefe das forças armadas chinesas.
Em discurso à imprensa, Xi afirmou que a China "continuará a abrir-se porque ninguém mais pode se fechar" no mundo atual e que seu governo "continuará com o trabalho duro para os novos objetivos" do partido.
O presidente chinês ainda apresentou os principais membros do novo Politburo que, pela primeira vez em 25 anos, não terá a presença de nenhuma mulher entre seus 25 membros.
Como novo "número 2" do governo do país, foi escolhido o líder do PCC de Xangai, Li Qiang, mesmo que sua gestão da pandemia de Covid-19 tenha sido alvo de protestos inéditos no país.
Entre os novos membros do órgão, um dos mais poderosos para as políticas do país, está o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, que apesar de ter 69 anos - dois a mais do que o limite permitido para assumir cargos públicos - foi confirmado por Xi.
Após a confirmação de que Xi terá um terceiro mandato, os dois principais aliados políticos de Pequim no cenário internacional já se manifestaram.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, enviou um telegrama de felicitações pelo novo mandato e disse que quer "reforçar a cooperação com Pequim", informou o Kremlin.
Já o ditador Kim Jong-un, da Coreia do Norte, também mandou uma mensagem oficial e disse que "eu, junto a você, darei forma a um futuro ainda mais bonito nas relações entre Coreia do Norte e China, satisfazendo as demandas dos novos tempos".