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Acordo em PG garante estoque de medicamentos

Denise Angelo - Folha do Paraná
05 jan 2001 às 13:34

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Apesar da prefeitura de Ponta Grossa estar enfrentando uma série de dificuldades financeiras, o estoque de cerca de 20 remédios, justamente aqueles mais procurados pela população, ainda é suficiente para um mês de atendimento. São os antibióticos e anti-inflamatórios como amoxicilina e cefalexina. Já os medicamentos utilizados pelos hipertensos, como o metildopa, podem ser encontrados em metade dos postos de saúde.

"Aqueles medicamentos utilizados no dia-a-dia ainda existem. O que estava em falta eram alguns tipos de soro e medicamentos utilizados no Pronto Socorro Municipal e Hospital da Criança", informou o diretor de Saúde Comunitária, Valmir de Santi. Para suprir essa necessidade, os diretores das duas unidades fizeram um acordo com os hospitais da cidade. Pegam emprestado, com o compromisso de devolver no próximo mês.

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Segundo Santi, a situação não chega a ser preocupante porque no ano passado o governo do Estado deixou de repassar ao município cerca de R$ 90 mil, destinados a compra de medicamentos. E a Central de Medicamentos do Paraná se comprometeu a colocar essa dívida em dia, já a partir da semana que vem. Dessa forma, os estoques devem voltar ao normal.

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A maior dificuldade encontrada pela saúde no município é com relação a estrutura física das unidades de saúde. Goteiras, vidros quebrados e falta de condições para esterilizar equipamentos chegam a comprometer sanitariamente o funcionamento dessas unidades.

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Por isso, dentro de dez dias segundo Santi, deve ser iniciada uma campanha de recuperação dessas estruturas. "Queremos envolver a comunidade nesse trabalho. Vamos oferecer o material e pedir o trabalho voluntário para a recuperação, já que muitos problemas são fruto do vandalismo", contou o diretor.


Para essa atividade, a prefeitura dispõe de um saldo de R$ 140 mil, referente ao mês de dezembro, do Piso de Atenção Básica, verba federal repassada mensalmente. E entre o dia 16 e 20 deste mês já devem chegar os valores referentes ao mês de janeiro. "Se sobrar dinheiro, vamos comprar mais remédios", avisa Santi.


A estrutura da secretaria de saúde em Ponta Grossa vai sofrer uma série de alterações. Provavelmente ela deixará de ser secretaria para se transformar numa autarquia. O projeto propondo a mudança será encaminhado à Câmara Municipal até o dia 20 deste mês.

Sendo aprovado, o município passa a ter seis distritos de saúde. Cada um deles vai responder pela organização de oito postos de atendimento. E segundo Santi, a intenção é colocar em cada distrito um farmacêutico. "Além de oferecer remédios, queremos dar informações às pessoas", salientou.


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