A coordenação estadual do setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids) pode mudar a abordagem de prevenção da aids entre os homossexuais. A decisão foi tomada em função da divulgação de uma pesquisa do Ministério da Saúde que registra queda no uso de preservativo entre esse grupo.
O coordenador de DST/Aids, Francisco Carlos dos Santos, explicou que uma reunião nos dias 16 e 17 deste mês, em Brasília, com coordenadores estaduais de todo o Brasil vão discutir forma de reverter esse problema. Na pesquisa do Ministério, 10% de 800 entrevistados de sete capitais (São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Brasília) disseram que diminuiu o uso de preservativos após a distribuição massiva do coquetel pelo Sistema Único de Saúde. Para 44%, o uso da camisinha aumentou e para outros 44% o hábito manteve-se estável - 2% não souberam responder.
"A pesquisa mostra também que cresceu o número de infectados entre a população jovem ", disse Marcela, presidente da Associação Sul Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros. Dos 800 entrevistados, 37% tinham menos de 24 anos e 15%, 36 ou mais.
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Para diretora do Centro de Informação e Saúde, da Secretaria Municipal de Curitiba, Mariângela Galvão, há algum tempo constata-se que a contanimação pelo vírus atinge principalmente jovens-adultos. "São pessoas contaminadas quando ainda eram jovens", advertiu. "E quem pegou o vírus não pegou por falta de informação.
Pela pesquisa federal, o nível de escolaridade de 42% deles era superior; 49% concluíram o ensino médio e 8%, o ensino fundamental. A maioria (73%) já tinha feito o exame para detectar infecção pelo HIV. Entre os jovens com menos de 24 anos, no entanto, o índice é menor: 63% fizeram o teste. Já na faixa acima de 24 anos, 80% se submeteram ao exame.
O ministério pretende fazer um estudo em 12 regiões metropolitanas para aprofundar os dados levantados pela pesquisa.