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Estrada do Colono

Após manifestação, Ibama começa a avaliar danos

Redação - Bonde
09 out 2003 às 10:07

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Começou na tarde de quarta-feira a vistoria dos técnicos do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - na região da Estrada do Colono, que corta o Parque Nacional do Iguaçu, para avaliar os danos ambientais e materiais causados pela invasão ocorrida no último final de semana.

Os moradores dos municípios vizinhos ao parque abandonaram o local ao meio dia desta quarta-feira, após acordo firmado com a Polícia Federal, que iria retomar a área por força de um mandado judicial, da Justiça Federal.

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De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a posse foi reintegrada na presença do procurador-geral do Ibama, Sebastião Azevedo, da procuradora-geral do órgão no Paraná, Andréa Vulcânis e da procuradora da República, Patrícia Castro Nunez. A operação foi realizada em conjunto pelas polícias Federal, Florestal e Militar do Paraná.

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Numa análise preliminar, o Ibama avalia que foram derrubadas cerca de 50 mil árvores jovens, de até cinco metros, que vinham recompondo a vegetação desde a última invasão ao parque no ano de 2001. Serão necessárias 120 mil mudas de espécimes nativas para a recomposição.

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"Para que a vegetação retorne ao estado em que se encontrava antes da invasão levará pelo menos dois anos e para a recomposição da mata nativa em sua plenitude vão ser precisos pelo menos 20 anos", afirmou a diretora de Ecossistemas do Ibama Cecília Ferraz.


Mais que o dano ambiental, a invasão causou também prejuízos materiais. A cerca de proteção na altura da Estrada do Colono, uma guarita de vigilância e a torre de transmissão existente no local foram derrubadas e duas casas foram incendiadas.

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A polícia, que já havia apreendido anteriormente 15 coquetéis molotov, encontrou sob os escombros uma bomba de fabricação caseira. A balsa que os moradores estavam montando para dar acesso à Estrada do Colono, através do rio Iguaçu, na localidade de Porto Lupion, foi apreendida e deverá ser destruída, também por ordem da Justiça.


Em reunião onde participaram o presidente do Ibama, Marcus Barros, o diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Mercadante, a diretora de Ecossistemas do Ibama, Cecília Ferraz, o gerente do órgão no Paraná, Marino Gonçalves, o chefe do Parque de Iguaçu, Jorge Luiz Pegoraro e o assessor técnico da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama, Kleber Ramos Alves, ficou estabelecido que a agenda montada para beneficiar os municípios do entorno do parque será mantida.

"Queremos manter o diálogo que beneficia as comunidades através do desenvolvimento sustentado. Vamos prosseguir a agenda com projetos como o da Escola Parque, que oferece educação ambiental às escolas da região; o de agricultura orgânica; e o de ecoturismo, com a abertura de novas trilhas e pistas de caminhada, entre outros", comenta Barros.


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