O núcleo da APP-Sindicato de Campo Mourão obteve liminares na Justiça para ter acesso a documentos do Fundo do Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) das prefeituras de Peabiru e Campina da Lagoa (12 km ao norte e 100 km a sudoeste de Campo Mourão, respectivamente).
''Como as prefeituras não estavam liberando os documentos, que são públicos, tivemos que recorrer à Justiça'', explicou o secretário de imprensa do núcleo, Édson Lasta.
Segundo ele, a APP está analisando os documentos e já encontrou indícios de irregularidades na aplicação dos recursos.
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''O mais comum é as prefeituras usarem o dinheiro do Fundef para o pagamento de professores que não são do ensino fundamental de 1ª a 8ª séries ou para serviços que não são diretamente da educação'', disse Lasta.
A APP vai entrar com uma queixa-crime na Justiça Federal contra a prefeitura de Luiziana (30 km ao sul de Campo Mourão), acusada de uso irregular dos recursos.
A prefeitura nega a irregularidade e diz que há apenas uma interpretação diferente da lei.
Em Mamborê (36 km ao sul de Campo Mourão), o ex-prefeito Ricardo Radomski depositou em juízo R$ 88 mil, recurso que a APP o acusou de uso irregular.
O prefeito de Campina da Lagoa, Paulo Andreli Gonçalves (PSDB), informou que as contas do Fundef estão abertas e que a APP recorreu à Justiça porque queria alguns documentos a mais. A ''Folha'' não conseguiu falar nesta quinta-feira com o prefeito de Peabiru, Marcos Lopes (PPS).