A Secretaria da Educação garante que já resolveu cerca de 90 a 95% dos problemas de falta de professores nas escolas da rede estadual de Curitiba e Região Metropolitana. A informação, no entanto, é contestada pelo sindicato dos professores.
Até esta quarta-feira, 191 professores tinham sido contratados para atuar em 14 municípios da RMC. Segundo o chefe de gabinete da SEED, Cláudio Bonfati, dos cerca de 100 professores chamados, na segunda-feira, 47 desistiram. Nesta quarta, apenas 11 dos 25 convocados aceitaram o emprego.
O presidente da APP Sindicato, Romeu Gomes de Miranda, disse que a situação das escolas é a mesma da semana passada: continuam faltando professores. Para ele, a desistência por parte dos professores é motivada pela inviabilidade de se deslocar para locais distantes, quando o salário não compensa. "O professor não vai se sujeitar a ter que viajar para dar poucas aulas. Assim, ele acaba tendo que pagar para trabalhar."
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Bonfati confirmou que esse tem sido um dos motivos das desistências, mas afirma que a razão principal é que a maioria dos professores já têm colocação em outras escolas.
Miranda acusa o governo de ter demitido 1.200 professores, em todo o Paraná, no final do ano passado. "É, no mínimo, uma insensatez, já que sabiam que muitas regiões tiveram um grande crescimento populacional." Segundo ele, os professores foram demitidos para que o governo não pagasse os salários de janeiro a abril, como forma de reduzir custos. "É uma economia burra, que acaba prejudicando-os politicamente."