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Aumento da tarifa de ônibus cobre queda de produtividade

Israel Reinstein - Folha do Paraná
01 ago 2001 às 10:21

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A ampliação do sistema de transporte coletivo de Curitiba para a região metropolitana já reduziu a produtividade do sistema em 34,12% nos últimos sete anos. Neste período, os ônibus estão percorrendo itinerário maior para transportar a mesma quantidade de pessoas. O resultado dessa equação pode estar se refletindo nos constantes reajustes da tarifas de transporte em Curitiba, que podem estar compensando um desequilíbrio nas contas do sistema.

Segundo Cid Cordeiro, coordenador técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), somente este ano a tarifa de ônibus acumula uma variação de 25%, para uma inflação de 4%. E desde o início do Plano Real (julho/94) os aumentos somam 212,50%, para uma inflação de 99% medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Para medir a produtividade do sistema de transporte, é preciso dividir o número de passageiros transportados pela quantidade de quilômetros rodados. Em 1994, essa relação era de 3,37, neste ano é de 2,22. ‘Estamos tendo que andar mais para pegar os usuários’, admite o diretor de Transportes da Urbs, Euclides Rovani.

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Uma tabela entregue pelo diretor da Urbs mostra que em 94 os ônibus andavam 8,63 quilômetros por itinerário. Na época, eram transportados 912.219 passageiros por dia. Agora, as viagens são de 12,09 quilômetros, para transportar diariamente 1.279.294 pessoas. Mas nos últimos anos cresceu pouco o número de passageiros pagantes.


Ao mesmo tempo em que houve um decréscimo na produtividade, a Urbs vem autorizando, nos últimos sete anos, reajustes acima da média da inflação e também maior do que os insumos que compõem a planilha de custo. Como exemplo, Cid Cordeiro mostra que de 1994 a 2001 o salário do motorista aumentou 150% e o óleo diesel 141%, diante de uma inflação 99%. O aumento da tarifa de ônibus ficou 57% acima da inflação.

Cordeiro diz que a passagem de ônibus também subiu acima da variação do salário mínimo, que neste período teve reajuste de 178%. Apesar de ter tido ganhos reais no período de 94 a 2001, o trabalhador paga com o salário mínimo menos passagens. Em julho de 94, era possível adquirir 162 passagens e atualmente 144.


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