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Bonés dados a Lula incentivam indústria de Apucarana

Bonde, com informações da Agência Brasil
27 out 2003 às 14:02

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Desde que tomou posse até a semana passada, o presidente já havia recebido 52 bonés - ABr
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Nos dez meses de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os bonés já fazem parte da vida e da imagem do presidente Lula, difundida em vídeo, fotografias e charges e caricaturas reproduzidas diariamente Brasil afora.

Desde que tomou posse em 1º de janeiro deste ano até a semana passada, o presidente já havia recebido 52 bonés - de diferentes cores e formas, ostentando os mais diversos símbolos, à direita e à esquerda no espectro político.

O acervo fica à disposição do presidente, em um espaço reservado para guardar todos os presentes recebidos pelo chefe de Estado no Palácio da Alvorada. Mas das muitas lembranças que recebe todos os dias, os bonés passaram a ter maior destaque depois que o presidente se deixou fotografar com o boné do Movimento dos Sem-Terra (MST), durante encontro com integrantes do movimento em julho deste ano.

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Principalmente depois do boné do MST, o acessório passou a fazer parte da rotina de Lula. O acervo do presidente reúne bonés de times de futebol, de movimentos sociais, empresas, festas, shows, e até algumas "derivações" do produto, como dois tradicionais chapéus no estilo tirolês, recebidos em audiências em homenagem às colônias européias na região Sul do Brasil. Os bonés também fizeram Lula encarnar vários estilos: roqueiro, ao receber o presente de músicos de um festival de música em Brasília; atleta, durante encontro com os brasileiros que foram aos jogos Pan-Americanos, ou mesmo o estilo tradicional, quando usa os bonés para se proteger do sol ou homenagear empresas, movimentos, entidades.

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Quem comemora a "febre" dos bonés são os moradores de Apucarana, no interior do Paraná. Conhecida como Capital Nacional do boné, a cidade, situada a 300 km de Curitiba, produz em média seis milhões de bonés por mês, dos quais 15% são destinados à exportação. Tudo começou na década de 80, quando Apucarana ficou famosa em todo o mundo por produzir os famosos bonés usados pelo piloto Ayrton Senna. Hoje, as principais de bonés do país estão na cidade paranaense.

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Os fabricantes paranaenses comemoram o "incentivo" que o produto vem recebendo ao fazer a cabeça do presidente. Com a queda nas vendas desde o início do ano, depois que o Real se desvalorizou frente ao dólar, os empresários recuperaram o otimismo com o impulso dado pelo presidente aos bonés. "Nós, como fabricantes, estamos comemorando porque, mesmo que involuntariamente, as fotos e imagens de Lula com algum boné promocional na cabeça devem resultar em aumento de pedidos de clientes e num aquecimento da indústria", avalia Cleiton Story, proprietário da Ritto's Bonés Promocionais e presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Bonés de Qualidade, com sede em Apucarana.


O setor de fabricantes de bonés gera mais de seis mil postos de trabalho na cidade, e é o responsável pela maior parcela de empregos em Apucarana. "Estamos felizes com a propaganda positiva e não-intencional que Lula fez do nosso principal produto", afirma Cleiton Story.


O apoio indireto prestado pelo presidente é tamanho que os fabricantes de bonés de Apucarana pretendem marcar uma audiência com Lula para prestar uma homenagem. E, mais uma vez, o boné estará em cena: os empresários querem presentear Lula com um modelo estilizado do produto, estampado com a bandeira do Brasil.

Se continuar no ritmo atual, até o final do governo o presidente Lula poderá contribuir com peças "raras" para o único museu de bonés do país, instalado em Apucarana. Se, em quase dez meses de governo, o presidente já recebeu mais de 50 bonés, até o final de 2006 terá contabilizado quase 300 - na média de um boné e meio por semana.


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