A Câmara Municipal aprovou em plenário, nesta quarta-feira (12), a realização de audiência pública para debater sobre a adoção de feriados durante os jogos da Copa em Curitiba. A aprovação também foi respaldada pela Comissão Especial da Copa (CEACO) que esteve reunida no período da tarde. Na ocasião, foi apresentado o relatório de atividades do colegiado no ano de 2013 e detalhado como será a consulta pública no próximo dia 24, às 14h30, no Plenário da Câmara.
O vereador Paulo Rink (PPS), presidente da Comissão, destacou que a audiência "será a oportunidade adequada para que representantes do setor produtivo, agentes públicos, vereadores e demais interessados possam manifestar seus posicionamentos quanto à adoção ou não dos feriados na capital". No entendimento de Rink, "após a realização dessa audiência, a comissão poderá tomar uma decisão fundamentada, e que certamente estará em acordo com as demandas de uma cidade com a importância econômica de Curitiba", afirmou.
O presidente da comissão destacou ainda que a cidade está apresentando avanços na preparação de sua infraestrutura para a receber jogos do mundial, entre eles, Paulo Rink citou a adoção da tecnologia 4G. "É necessário destacar algumas informações positivas, como por exemplo, o acordo entre operadoras de telefonia e a Prefeitura de Curitiba, que resultou na modernização da legislação municipal para a adoção do sistema 4G no município. Trata-se de um inegável avanço", disse o vereador.
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Entidades contrárias aos feriados
Helio Bampi, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, (Fiep) destacou a abertura da Câmara no sentido de tornar o debate sobre os temas da Copa o mais democrático e transparente possível. "A viabilização do sistema 4G demonstra que há vontade política para que o evento seja bem realizado, entretanto, o impacto negativo que os setores de indústria e comércio de Curitiba terão de arcar, caso sejam aprovados os feriados, será extremamente prejudicial", frisou Bampi.
Gláucio Geara, vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP) reiterou os argumentos contrários à adoção dos feriados. "Nossa preocupação diz respeito às perdas dos pequenos comerciantes e, também, das grandes indústrias. A estimativa é que o comércio perca 150 milhões de reais em cada dia de feriado. A indústria, por sua vez, perderá 350 milhões de reais", alertou.