O Ministério do Meio Ambiente e a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) vão desenvolver nos próximos meses uma campanha nacional de combate ao tráfico de animais silvestres. A intenção é alertar a população que contribui com o tráfico que a compra e venda desses animais é crime. A campanha foi lançada oficialmente na última segunda-feira, em Brasília.
O Brasil é um dos principais alvos dos traficantes da fauna silvestre devido a sua imensa biodiversidade. As organizações não governamentais ligadas ao meio ambiente calculam que o tráfico renda de US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões em todo o mundo, colocando o comércio ilegal de animais silvestres na terceira maior atividade ilícita do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. O Brasil participa com 15% desse valor, aproximadamente US$ 900 milhões.
O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de espécies de aves ameaçadas. O Paraná é um bom exemplo da exploração das aves pelo tráfico. Segundo o chefe de fiscalização do Ibama no Paraná, Paulo Roberto Matoso Dittert, a região central do Estado concentra o maior número de pontos de captura das aves, especialmente sabiás e canários-terra. Dittert acredita que esses animais são vendidos principalmente para São Paulo, onde são treinados para disputas em rinhas.
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Já no Litoral, a caça é aos papagaios da cara-roxa, que estão ameaçados de extinção. Dittert conta que muitas vezes os contrabandistas cegam os papagaios para que eles fiquem mansos.
O principal ponto de entrada de animais contrabandeados no Estado é a Costa Oeste, seguindo a extensão do Rio Paraná. ''Acreditamos que estes animais são retirados das matas do Mato Grosso do Sul'', diz o fiscal. Ele conta que em três operações feitas na região no final do ano passado foram apreendidos três mil pássaros, além de 30 cobras cascavel.
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