O abastecimento de água em Cascavel deve voltar ao normal até quinta-feira (24). Desde sábado (19), metade da população urbana teve o fornecimento de água suspenso, devido ao derramamento de 4 mil litros de óleo no Rio Cascavel que abastece a cidade.
A chuva frequente leva resíduos de óleo das margens para o leito do rio, é a maior preocupação. Técnicos da Sanepar avaliarão as condições de captação para quarta-feira (23). Se a captação, que hoje está em 75%, se normalizar, o abastecimento poderá ser retomado integralmente na quinta-feira (24).
A Sanepar acionou duas captações alternativas, no Rio Peroba e no Rio Saltinho, mas a vazão desses mananciais não é suficiente para atender toda a demanda. O Rio Cascavel fornece 80% da água consumida na cidade. Oito caminhões-pipa, providenciados pela Sanepar e pela Defesa Civil, atendem serviços essenciais, como hospitais, escolas e postos de saúde.
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Bairros mais afetados
Os bairros mais afetados nesta terça-feira foram Guarujá, Quebec, Santos Dumont, Pioneiros Catarinenses, região do Terminal Rodoviário, Cancelli, Gramado, Cataratas, Morumbi, Periollo, Presidente, Cascavel Velho, Faculdade, Jardim União, Santa Felicidade, Turisparque, Maria Luiza e Itamaraty.
Análises da água são feitas por técnicos da Sanepar a cada 15 minutos. "Apesar do transtorno com o desabastecimento, não vamos colocar em risco a qualidade da água distribuída e a saúde da população", afirma o gerente regional da Sanepar, Carlos Roberto Pinto.
Acidente
Na manhã de sábado (19), dois caminhões colidiram na rodovia que passa próxima ao rio e 4 mil litros de óleo alcançaram a água. A mancha de óleo se estendeu por cerca de 20 quilômetros e foi contida por cinco barreiras, entre o local do acidente e o ponto de captação de água da Sanepar. Em duas das barreiras foram construídas valas de contenção, para concentrar e facilitar a aspiração do óleo.
Desde o acidente, equipes da Sanepar, do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e da empresa Ecocataratas percorrem o rio para limpar margens, fundo do rio, pedras e vegetação do local e facilitar a remoção do óleo.
A Sanepar e a Defesa Civil orientam a população para que só use água para alimentação e higiene pessoal. De acordo com o major Fernando Raimundo Schunig, coordenador regional da Defesa Civil, é importante que todos adotem medidas de redução de consumo de água, até o abastecimento ser restabelecido.