Ainda está longe de um desfecho a situação ambiental dos cemitérios no Paraná. A Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, que está fiscalizando os estabelecimentos para se adequem ambientalmente está em férias forenses e o Sindicato dos Cemitérios Particulares do Paraná (Sincepar) vem encontrando dificuldades para estabelecer um Selo de Qualidade que ateste as normas mínimas de preservação ambiental.
O último passo no sentido de se definir regras para a construção e especialmente sobre a preservação do lençol freático foi dada em dezembro, com a contratação de um especialista no assunto pelo Sincepar. O geólogo Leziro Marques da Silva, professor da Universidade São Judas Tadeu, de São Paulo, foi contratado, atendendo exigências da própria Promotoria para a definição das condições de solo e de água e de um programa de melhorias e a ser praticado em cada estabelecimento.
Entre as funções do geólogo, de acordo com o vice-presidente do Sindicato, Geverson Alfredo Carraro, estão análises de amostras das condições dos cemitérios nas quatro estações do ano para verificar o índice pluviométrico e influência climática no ambiente. No último mês, o Sindicato enviou a quarta amostra ao geólogo.
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Implantar o Selo de Qualidade, segundo Carraro, não está sendo tão fácil quanto a entidade acreditava, porque a entidade não tem poder de exigir que os cemitérios cumpram suas exigências. "O Sindicato chegou a criar um conselho, formado por profissionais liberais, para vistoriar os cemitérios e implantar o selo, mas cada um tem autonomia para decidir se quer ou não participar do programa", diz.
No Paraná existem cerca de 40 cemitérios particulares. Há, ainda, os estabelecimentos ligados à Mitra, de propriedade da igreja, em número não definido. Uma das dificuldades, para o Sindicato, tem sido definir quais os locais que devem ou não ser tratados como cemitérios, já que é comum existir corpos enterrados em igrejas e terrenos da igreja.