Cinco policiais civis de Araucária (Região Metropolitana de Curitiba) e uma sexta pessoa que se passava por policial foram presos preventivamente nesta quarta-feira, durante a Operação NFL, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação apura possível cobrança para aliviar fatos criminais de suspeitos. O falso policial chegava a trabalhar na delegacia da cidade, mesmo sem ser agente público.
O sexteto foi denunciado pelo Ministério Público (MP) do Paraná por associação criminosa, peculado, concussão e corrupção passiva.
Segundo apuração do Gaeco, o pseudo policial agia usurpando função pública em combinação e com o aval dos policiais. Ele fazia levantamentos em residências onde havia suspeita de alguma prática criminosa e em certos casos negociava valores para que, já na delegacia, os policiais aliviassem a situação da pessoa envolvida. Além disso, agindo como se fosse agente público, cobrava dinheiro em nome da Polícia Civil para um suposto calendário.
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Em um caso destacado na ação penal, dois policiais exigiram dinheiro para alterar a situação de uma pessoa detida – em vez de tráfico de drogas, classificariam a comunicação oficial à Justiça como uso de entorpecente. Chegaram, inclusive, a devolver uma pequena porção de droga ao detido.
Em outra situação, houve uma negociação em que foram pedidos R$ 40 mil, um veículo e um relógio para deixar de anotar que a pessoa presa tinha envolvimento em outro crime, em que figuraria com nome distinto, o que poderia piorar a situação dela perante o Judiciário.
Num terceiro fato citado na denúncia, houve exigência de R$ 50 mil de suspeitos de homicídio para não solicitar prisão cautelar à justiça.
NFL são as iniciais dos nomes de alguns dos envolvidos no caso. Além do combate à criminalidade organizada, o Gaeco é o braço do MP-PR que atua no controle externo da atividade policial.